Álcool e Drogas - Linha do tempo

Álcool e Drogas - Linha do Tempo

Plantas e/ou Fermentação

Pré-História

Dioniso

Antiguidade

Rei James contra o tabaco

1604

Escravidão

Séc. XVIII

Inebriantia Lineu

1761

N2O

1799

Morfina

1804

Guerra do Ópio

1839

Cocaína

1859

Heroína

1898

Lei seca

1919

LSD

1943

Prozac

1987

Legalização Colorado, Washi- ngton e Uruguai.

2012

3500 a.C.
1 a.C.
1500
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Pré-História – Plantas e/ou Fermentação

Pré-História – Plantas e/ou Fermentação

Desde os tempos mais remotos, os seres humanos buscaram na natureza plantas úteis para se alimentar e para amenizar as dores, aumentar a disposição ou entrar em êxtase. Sedativos como a papoula e o cânhamo, excitantes como o chá e a coca, inebriantes fermentados e alucinógenos como os cactos e cogumelos foram usados como um alimento especial.

Antiguidade – Dioniso

Antiguidade – Dioniso

Na Grécia antiga o vinho foi identificado com o deus Dioniso, que em Roma se tornou Baco. Seu culto estabelecia regras de utilização da bebida que devia ser objeto de um consumo ritualizado no chamado “simpósio”, onde se mantinha o controle do excesso e se pregava a autonomia e a auto-responsabilidade.

1604 – Rei James contra o tabaco

1604 – Rei James contra o tabaco

O tabaco era usado pelos indígenas em quase todas as Américas. Com as viagens dos navegadores, o tabaco foi levado para a Europa e para todo o mundo, onde foi usado como rapé, fumo e para mascar. Houve muitas proibições e restrições iniciais, o Rei James I, da Inglaterra, escreveu em 1604 um panfleto antitabagista, o Counterblaste to Tobacco, mas 20 anos depois as colônias americanas da Virginia já tinham no cultivo do tabaco uma de suas principais atividades.

Século XVIII - Escravidão

Século XVIII - Escravidão

Grande parte dos escravos africanos foram trocados por aguardente e tabaco do Brasil. O escambo destes produtos serviu para trazer para as Américas a mão-de-obra que iria depois produzi-los nestas terás para exportação à Europa e para continuar a servir de moeda de troca na aquisição de novos escravos na África. Um círculo vicioso que contribuiu para a expansão do açúcar e tabaco no mundo e para o destino cruel da escravidão africana.

1761 – Inebriantia Lineu

1761 – Inebriantia Lineu

O sueco Lineu ficou conhecido como “pai da Botânica” pelo seu sistema classificatório das plantas. Sobre elas, também estudou os seus efeitos como drogas psicoativas. Inebriantia, tese de 1761 de seu aluno Alander representa o primeiro esforço científico para se listar e definir as substâncias com efeitos psicoativos.

1799 – N2O

1799 – N2O

O óxido nitroso, N2O, foi a primeira droga sintética, criada pela ciência. Reunindo duas dos elementos mais comuns da atmosfera, o nitrogênio e o oxigênio, numa molécula comum, o cientista Humphry Davy encontrou um gás que produz efeitos euforizantes quando inalado, que ficou conhecido como “gás hilariante” e foi usado em parques de diversão ao longo do século XIX e, na atualidade, tem emprego na sedação odontológica.

1804 – Morfina

O ópio foi durante milênios um dos principais recursos na luta contra as dores e diversas enfermidades, se constituindo numa verdadeira panaceia. O químico alemão Sertürner foi o primeiro a extrair um dos princípios ativos do ópio: a morfina, assim nomeada em homenagem ao deus do sono Morfeu e a publicar sua descoberta. Seu uso ajudou em muitas situações clínicas e em feridos de guerra, sendo até hoje um analgésico precioso. Seu uso continuado, especialmente por injeções, também desenvolveu as formas mais intensas de adicção até a invenção da heroína.

1839 – Guerra do Ópio

1839 – Guerra do Ópio

As importações de chá da China levaram a Grã-Bretanha a ter déficits comerciais até conseguirem dominar o comércio do ópio indiano na China. As objeções do governo chinês foram enfrentadas com uma invasão militar e uma guerra entre 1839 e 1842 que obrigou a China a aceitar os traficantes de ópio estrangeiros e a ter de ceder partes de seu território, inclusive Hong Kong. Uma segunda guerra, entre 1856 e 1860 também levou à derrota da Chia diante da coligação entre britânicos e outros países ocidentais.

1859 – Cocaína

1859 – Cocaína

A folha de coca tem uso milenar nos Andes servindo como estimulante, remédio, alimento e planta de devoção. Em 1859 seu princípio ativo, a cocaína, foi isolado e passou a ser vendido pelos laboratórios Merck e Parke-Davis e usado em tônicos e bebidas revigorantes, como o vinho Mariani e a própria Coca-Cola. A elite europeia foi sua admiradora durante a segunda metade do século XIX e teve também um uso militar na primeira guerra mundial. Também era inalada e injetada e usada em anestesia tópica.

1898 – Heroína

1898 – Heroína

A diacetilmorfina, conhecida como heroína, foi descoberta em 1874, mas só em 1898 passou a ser comercializada pela Bayer para diversas finalidades, especialmente como remédio pediátrico para tosse. Substituiu a morfina e repetiu suas virtudes e seus problemas, um excelente analgésico com alto poder de criação de dependência. Com aplicações diversas na medicina, os opióides naturais ou sintéticos continuam de grande valia nas dores intensas.

1919 – Lei seca

1919 – Lei seca

Em 1919 foi aprovada uma emenda à Constituição estadunidense, conhecida como Lei Volstead ou Lei Seca, que proibia a fabricação e comércio de bebidas alcoólicas nos EUA. Essa lei vigorou até 1933, quando outra emenda a revogou. Durante sua vigência aumentou a violência do crime organizado das máfias e a venda de bebidas clandestinas e contaminadas. A crise de 1929 contribuiu para o retorno da legalização do álcool pois retomou a cobrança de impostos aumentando a arrecadação fiscal.

1943 – LSD

1943 – LSD

O químico suíço Alber Hoffman descobriu o LSD por acaso, sentindo estranhos efeitos quando manipulava uma substância sintética até então sem usos conhecidos. Sua ação teve um impacto notável, tanto por agir em doses microscópicas de dezenas de microgramas, como por ser o mais intenso psicodélico até então conhecido com efeitos singulares de intensificação da percepção e outros processos mentais. Também teve uso clínico em psicoterapias e levou a descobertas neurocientíficas, como a função neurotransmissora da dopamina.

1987 – Prozac

1987 – Prozac

O antidepressivo fluoxetina, cuja marca comercial mais conhecida foi o Prozac, comercializada nos EUA desde 1987, foi a primeira droga psicoativa legal a superar um bilhão de dólares em vendas, se tornando o emblema de toda uma florescente indústria farmacêutica que ampliou o consumo de anti-depressivos, benzodiazepínicos e anfetaminas para uma sociedade carente não só de estimulantes e calmantes, mas também de meios de combater a depressão e a ansiedade, males crescentes diante do estresse urbano contemporâneo. Seu uso excessivo também foi objeto de muita controvérsia.

2012 – Legalização Colorado, Washington e Uruguai.

2012 – Legalização Colorado, Washington e Uruguai.

Em 6 de novembro de 2012 os referendos dos estados de Colorado e Washington, nos EUA, aprovaram por maioria a legalização comercial da maconha para adultos. Alguns meses mais tarde, em 31 de julho de 2013, a Câmara dos Deputados do Uruguai também aprovou a legalização da maconha no Uruguai, num modelo de direito de auto-plantio e monopólio estatal do comércio com o limite de 40 gramas mensais por pessoa cadastrada.