Vivemos numa sociedade complexa, objeto de análise de muitos historiadores, sociólogos, antropólogos e economistas.
Compreender a complexidade de como se organiza a sociedade e sua relação com o processo saúde-doença nos permitem conhecer o papel e os limites estruturais do Estado, as políticas sociais e nelas, as de saúde. Se entendermos os vínculos para além do explicado tradicionalmente pelo modelo biomédico, perceberemos a necessidade de agir muito além do momento pontual das consultas individuais. Esta percepção é o objetivo deste estudo.
No livro a seguir, veja informações sobre como a organização da sociedade influencia o processo saúde-doença.
O que o SUS e a ESF têm a ver com esse processo de organização econômica, política e social?
É importante reiterar que compreender a construção do SUS necessariamente passa pela contextualização política, como apontado acima. Portanto, pensar no SUS hoje requer que conheçamos sua trajetória histórica no contexto da redemocratização da sociedade brasileira, que, após 20 anos de ditadura militar, reescreve sua história numa nova constituição federal, na qual saúde se inscreve como direito social.
Indo além, podemos dizer que fazer ESF não é aprender novas técnicas. É poder entender a saúde e a proposta de intervenção de outra maneira. É sim uma nova postura ideológica. De vínculo com a população, com sua história e com a possibilidade de mudança, e de defesa intransigente do SUS.
Compreender como se organiza a sociedade nos permite conhecer o papel e os limites estruturais do Estado capitalista para viabilizar ou para não assumir políticas sociais e nelas, as de saúde. E isto vai gerar desigualdades sociais, eixo para entender a determinação social da doença.
Clique aqui e veja o modelo da Determinação Social da Saúde, de Dahlgren & Whitehead (1991).
Saiba mais:
Para saber mais a respeito das desigualdades sociais na sociedade brasileira, leia o artigo abaixo:
Se entendermos os vínculos para além do explicado tradicionalmente pelo modelo biomédico, ou seja, entendermos os vínculos existentes entre historicidade, cultura, economia, formação social, perceberemos a necessidade de agir muito além do momento pontual das consultas individuais.
Tal percepção é o objetivo deste estudo.
Faça a autoavaliação a seguir e verifique seu aprendizado; caso não tenha um desempenho satisfatório, refaça seus estudos.