No Brasil, os Sistemas de Informações em Saúde são divididos em vários subsistemas. O que trata da mortalidade da população é chamado de Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).

Você sabe quando esses dados sobre mortalidade começaram a ser divulgados no Brasil e no mundo? Veja a seguir a animação que traz detalhes históricos sobre a mortalidade.

Cada pessoa que morre no país tem preenchida uma Declaração de Óbito (DO) padronizada para todo o Brasil, composta de informações sobre a identidade do falecido e o local de residência e ocorrência da morte. Em caso de óbitos fetais ou de menores de um ano, são coletadas informações de identificação dos pais.

Além disso, ainda são registrados os motivos que levaram à morte da pessoa, informação essencial para os estudos epidemiológicos.

Veja abaixo as principais vantagens e limitações do Sistema de Informações sobre Mortalidade:

Atualmente, o SIM é nacional e internacionalmente considerado um sistema sólido e confiável, ainda que tenhamos de qualificá-lo continuamente

Atualmente, o Ministério da Saúde demora cerca de dois anos para publicar os dados de mortalidade de todo o Brasil no site do DATASUS. Por isso, ao longo de 2010, por exemplo, são inseridos os dados de 2008. Isso ocorre porque os dados informados nas DOs são analisados pelos municípios e posteriormente pelos estados e Ministério da Saúde. Possíveis inconsistências são revistas, tornando esse processo demorado. O Ministério tem proposto que no futuro esse prazo não extrapole seis meses. Em específi co para Santa Catarina, informações de mortalidade mais recentes podem ser obtidas na página da Secretaria de Estado da Saúde (www.saude.sc.gov.br).

Na Prática:

Viu só como este sistema é importante?

Acompanhe um exemplo da importância do cálculo do coeficiente de mortalidade infantil em Belo Horizonte, na década de 1990.

Primeiramente, leia o artigo publicado nos Cadernos de Saúde Pública – “A mortalidade infantil em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, por área de abrangência dos Centros de Saúde (1994-1996)” – acessando o endereço http://www.scielo.br/pdf/csp/v17n5/6326.pdf.

Nessa pesquisa, os profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte e da Universidade Estadual de Campinas calcularam os coeficientes de mortalidade infantil nas áreas de abrangência das Unidades de Saúde de Belo Horizonte, em dois períodos da década de 1990.

Compare as Figuras 4a e 4b presentes no artigo. O que se pode perceber?

Bem, num primeiro momento, verificamos que bairros adjacentes, lado a lado, apresentavam no primeiro período (Figura 4a) diferenças de mais de 100% nos coeficientes.

Como se explica tal acontecimento?

Comparando diretamente as duas figuras, podemos perceber que em quase todo o município houve redução na mortalidade infantil. Tal resultado nos faz pensar que eficazes ações foram desenvolvidas no período que permitiram essa conquista.

No entanto, diferenças entre os bairros ainda existiam no segundo período analisado. Agora os gestores e os profissionais de Saúde têm mais elementos para definir novas ações.

Esse estudo foi feito com dados do SIM. Perceba como é um importante instrumento de avaliação e gestão para os serviços de saúde.

Depois de conhecer os dados de Belo Horizonte, confira como fazer para conhecer as causas de morte em Santa Catarina. É bastante simples!

Saiba mais:

Quer conhecer mais o SIM, ver o seu manual de procedimentos e o manual para preenchimento da Declaração de Óbito (que subsidia o SIM)? Para isso acesse os documentos abaixo:

Para encerrar o estudo deste conteúdo disponibilizamos uma autoavaliação, confira!