Módulo 7: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM)
Unidade 7:Sistematização da assistência de enfermagem na atenção à pessoa com HAS e DM

Processo de enfermagem

Planejamento de Enfermagem

A Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem (CIPE) é um sistema de linguagem de enfermagem unificado, que contempla os fenômenos, intervenções e resultados como elementos primários de sua construção. Essa terminologia, internacionalmente padronizada, foi desenvolvida pelo Conselho Internacional de Enfermagem (CIE), a partir de 1989, em conjunto com pesquisadores de sistemas de classificações em enfermagem reconhecidos pela American Nurses Association (ANA). Sua estrutura provê a representação de uma linguagem comum para melhor descrever esta prática profissional nos sistemas de informação em saúde (MAZONI; RODRIGUES; SANTOS, 2010).

Compartilhando
Como você enfermeiro pode decidir sobre que abordagem da SAE/PE utilizar? A decisão, como já destacado, não é algo que o enfermeiro possa fazer isoladamente, mas deve ser compartilhada pela equipe de enfermagem. Para fazer esta escolha, é necessário que a equipe se prepare, aprofunde conhecimentos sobre referencias teóricos e classificação diagnóstica, reconhecendo as especificidades de seu contexto.

Há alguns diagnósticos que são mais comuns entre pessoas com DM e com HA. Há textos que apresentam os principais diagnósticos de enfermagem encontrados no atendimento a estes clientes.

Saiba Mais
Saiba mais sobre os principais diagnósticos de enfermagem: clique aqui.

Uma vez estabelecido o Diagnóstico de Enfermagem, você deverá planejar o cuidado aos usuários com HAS e DM ou sua família. A resolução do COFEN 358/2009 define esta etapa como a determinação de resultados que se espera alcançar, além das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas.

É preciso que sejam definidas metas e objetivos de modo claro. Devem ser alcançáveis, mensuráveis e conter limites de tempo para atingir as respostas positivas.

A avaliação, de acordo com a Resolução do COFEN 358/2009, é um processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas do usuário com HAS e DM e sua família, para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram os resultados esperados.

Na avaliação, verifica-se a necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem. Em resumo, esta etapa avalia as respostas ao cuidado de enfermagem, ou seja, verifica de acordo com a evolução do usuário se as intervenções propostas atingiram as metas estabelecidas.

Há muitas formas de registro do PE, que precisam ser amplamente discutidas, não somente pela equipe de enfermagem, mas também com outros profissionais e com a gerência do serviço, uma vez que estes registros deverão ser acessíveis a todos e fazer parte do prontuário de saúde.

A SAE/PE é desenvolvida em momentos distintos e inter-relacionados que se complementam, sendo estes: a consulta de enfermagem, os grupos educativos e a visita domiciliar.

Palavra do Profissional
Lembre-se que o usuário com HAS e DM necessita de cuidado integral que envolve a equipe de saúde. O cuidado integral estabelece o vínculo do usuário com a equipe de saúde e favorece a adesão ao tratamento.

Tendo em vista o impacto da HAS e do DM na população brasileira, o Ministério da Saúde, por meio da Política Nacional de Atenção Integral à HAS e ao DM, estabelece algumas ações que visam o controle destes agravos, seus fatores de risco e suas complicações.

Os “Cadernos de Atenção Básica” trazem protocolos atualizados baseados em evidências científicas mundiais, dirigidos aos profissionais de saúde da Atenção Básica, sobretudo os das Equipes de Saúde da Família, que poderão, com ações comunitárias e individuais, informar a comunidade sobre:

  • Como prevenir a doença;
  • Identificar grupos de risco;
  • Fazer o diagnóstico precoce;
  • Fazer abordagem terapêutica e medicamentosa;
  • Manter o cuidado continuado;
  • Educar e preparar os usuários e famílias a terem autonomia no autocuidado;
  • Monitorar o controle;
  • Prevenir complicações;
  • Gerenciar o cuidado nos diferentes níveis de complexidade, buscando a melhoria de qualidade de vida da população (BRASIL, 2006a).

Saiba Mais
Sobre os Cadernos de Atenção Básica, indicamos estas referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diabetes Mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Clique aqui para saber mais! BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Clique aqui para saber mais!

Apresentamos, a seguir, um roteiro de orientação geral para a avaliação clínica de usuários com DM; que teve como referência: Padrões de Cuidado em Diabetes da Associação Americana de Diabetes (Standards of Medical Care in Diabetes – American Diabetes Association, 2010) e orientações da Sociedade Brasileira de Diabetes (2011a); e um roteiro de orientação geral para a avaliação clínica de usuários com HAS, que teve como referência: as V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, elaboradas pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Hipertensão e Sociedade Brasileira de Nefrologia (2006).

Veja a seguir a Avaliação clínica de usuários com HAS e DM: