Introdução ao Curso

O referencial pedagógico

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Concepção e metodologia

Para o desenvolvimento do curso, optamos por utilizar a pedagogia problematizadora e a educação no trabalho, por entender que, em várias situações do cotidiano do trabalho em saúde, a preocupação está dirigida fundamentalmente aos parâmetros técnicos e, por isso, corremos o risco de atuarmos de modo mecânico, sem pensar na situação de forma contextualizada e no indivíduo com suas características próprias.

A essência está em desenvolver a capacidade de perguntar o que é relevante em dada situação para então entender e buscar resolver adequadamente os problemas identificados (BORDENAVE; PEREIRA, 2002).

Reconhecer as necessidades dos usuários ou da população é uma das formas de estimulá-los a participar, considerando que o interesse e a manutenção da saúde estão relacionados às suas necessidades ou desejos.

É preciso utilizar o diálogo para exercitar uma prática de ação–reflexão cooperativa, de indagação e de experimentação, utilizando recursos metodológicos que enfatizem a reflexão da realidade, o pensamento divergente, na busca de alternativas para a mudança e para produzir saúde de forma coletiva. Promover, por um lado, o sujeito usuário como participante ativo, e, por outro, o sujeito profissional e a equipe como corresponsáveis pelo cuidado em saúde.

Seguimos, então, o que Bordenave e Pereira (2002) afirmam sobre a educação problematizadora, ou seja, não há uma metodologia única nem técnicas fixas; contudo, ela é orientada pela percepção da realidade, pelo protagonismo e pelo trabalho em grupo.

Assim, problematizar significa refletir sobre sua prática na perspectiva de mudança de seu processo de trabalho e da sua realidade.

A utilização da metodologia de EaD na UFSC é reconhecida nacionalmente por seus projetos inovadores e bem-sucedidos. Essa se dá com as iniciativas educacionais da UNA-SUS. A Universidade Federal de Santa Catarina assumiu esse desafio e está propondo a modalidade de educação a distância para a formação de especialistas para a Atenção Básica, de maneira a reforçar a integração ensino–serviço e a educação no trabalho.

Os projetos pedagógicos em EaD precisam obedecer ao Decreto nº 5.622. Desse decreto destacamos o Art. 13, o qual rege que os projetos pedagógicos de cursos e programas na modalidade a distância deverão:

  1. Obedecer às diretrizes curriculares nacionais, estabelecidas pelo Ministério da Educação para os respectivos níveis e modalidades educacionais;

  2. Prever atendimento apropriado a estudantes portadores de necessidades especiais.

  3. Explicitar a concepção pedagógica dos cursos e programas a distância, com apresentação de:

    1. Os respectivos currículos.

    2. O número de vagas proposto.

    3. O sistema de avaliação do estudante, prevendo avaliações presenciais e avaliações a distância.

    4. Descrição das atividades presenciais obrigatórias, tais como estágios curriculares, defesa presencial de trabalho de conclusão de curso e das atividades em laboratórios científicos, bem como o sistema de controle de frequência dos estudantes nessas atividades, quando for o caso. (BRASIL, 2005).

Coelho, Reibnitz, Vieira, Moraes, Goulart, Lindner

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