Programação

  • Geral

     

    Temos grande satisfação em tê-lo conosco para compor uma parceria de renovação de conhecimentos na temática urgência e emergências traumatológicas. Esperamos alcançar suas expectativas quanto a esta temática e aprimorar seus conhecimentos para o cuidado aos usuários em situação de trauma.
    Neste Módulo VIII, Linha de cuidado nas urgências/emergências traumatológicas, você aprenderá como avaliar, diagnosticar e intervir junto à vítima de trauma, bem como apresentar os dispositivos necessários para esse cuidado sistematizados ao longo do seu atendimento.
    Optamos por uma composição que retrate a coerência e a atualidade de um texto sistematizador, a partir da ideia de organizar a produção científica mais atualizada atendendo às recomendações dos guidelines internacionais de atendimento à vítima traumatizada e alicerçado também na legislação profissional de enfermagem do Brasil.
    A interação é o principal sentido desta opção de estruturação formal do texto sistematizador. Não se trata, portanto, de um produto final. Para tanto, é necessário compreender as circunstâncias da época, assim como a interligação entre estudos.
    Assim, decidimos organizar os momentos dessa construção em uma única unidade, que trata do cuidado de enfermagem à vítima de trauma, que foi estabelecida em subunidades de conhecimento com aspectos delimitados sobre: a introdução do tema, o perfil de morbimortalidade sobre causas externas e violência, os registro e as considerações legais e o resumo.
    Assim, gostaríamos de focar aspectos que propiciam sua participação e motivação no universo do cuidado de enfermagem às pessoas em situação de urgência e emergência traumatológicas. Gostaríamos que neste momento de aprendizado você pudesse recordar suas vivências com pessoas com necessidades diversas devido a um trauma ou a vários deles e pensasse no que você poderia melhorar em seu desempenho para cuidar ainda melhor deste paciente. É com esta motivação que estaremos juntos nesse desafio.


    Um abraço e bom aproveitamento!

    Maria Celia Barellos Dalri, Dra.
    Sayonara de F. F. Barbosa, Dra.
    Lucieli Dias Pedreschi Chaves, Dra.
    Regilene Molina Zacarelli Cyrillo, Dra.
    Camila Rosalia Antunes Baccin, Msc.

  • A documentação do cuidado prestado à vítima de trauma no ambiente pré-hospitalar ou intra-hospitalar é muito importante. Os especialistas se preocupam em formalizar um instrumento capaz de dar conta da diversidade e da abrangência dessa prática clínica sistematizada em emergência. Um registro de enfermagem requer precisão, objetividade e clareza nas informações prestadas.

    No Brasil, há estudo realizado sobre o registro de enfermagem com vítimas de trauma que trata de uma construção e validação de um instrumento de coleta de dados para o atendimento avançado pré-hospitalar móvel (CYRILLO; DALRI; CRISTINA, 2005).

    Para verificar a efetividade e a eficácia do atendimento de vítima traumatizada, é preciso padronizar uma ficha de registro que traga elementos significativos a serem considerados durante a assistência prestada (coleta de dados, diagnóstico, intervenção, implantação e avaliação) à vítima traumatizada. Tais registros podem permitir a comparação de resultados, a análise
    de cada passo da assistência prestada e, por fim, o avanço na prática científica de enfermagem nessa temática. Importantes variáveis devem ser analisadas para cada passo do registro a ser feito. Essas variáveis devem ser vistas como ponto de apoio, conforme diretrizes já acordadas do atendimento à vítima de trauma.

    Qualquer vítima de trauma deve ser avaliada por enfermeiro de forma minuciosa e rápida, o profissional deve estabelecer
    prioridades conforme diretrizes e determinar o tratamento colaborativo e independente das ações da profissão.

    O reconhecimento dos materiais e equipamentos para o atendimento de emergência à vítima traumatizada é necessário para a segurança do paciente. As chances de sobrevivência de um paciente traumatizado dependem da identificação imediata e da minimização das condições que interferem na perfusão tecidual (PHTLS, 2007). Essa identificação das condições clínicas da vítima começa na cena do acidente, ou seja, uma avaliação primária sustentada no ABCDE, o exame secundário e a transferência desse paciente para os equipamentos de saúde estabelecidos pela hierarquia do atendimento do SUS.

    Para finalizar, recomendamos que pense sobre o registro de enfermagem no atendimento inicial à vítima de trauma, procure ler sobre registros de enfermagem e leia também o artigo de Cyrillo, Dalri e Cristina (2005), para orientá-lo na construção de documentos de anotações de sua prática.

    Procure ler também sobre as mais atuais resoluções do COFEN – a RESOLUÇÃO COFEN Nº 375/2011, que dispõe sobre a presença do Enfermeiro no Atendimento Pré-Hospitalar e Inter-Hospitalar, em situações de risco conhecido ou desconhecido, em que se destaca no seu Art 2º - “O Enfermeiro deverá desenvolver a Sistematização da Assistência de Enfermagem como forma de registro e anotações pertinentes à profissão e aos respectivos profissionais de Enfermagem” e no Art. 3º - “A Assistência de Enfermagem Pré-
    -Hospitalar tem que estar alicerçada em Protocolos Técnicos específicos, devidamente assinados pelo Diretor Técnico e pelo Enfermeiro Responsável Técnico de Enfermagem da Instituição ou Empresa”.

    Bons estudos e até a próxima!