Módulo 6: Politica de redes de atenção à saúde
Unidade 3:Prevenção das DCNT e seus agravos com enfoque nos fatores de risco

Prevenção das DCNT

Organizando o processo de trabalho

Mediante o exposto, passamos a discutir as possibilidades de intervenção nos fatores de risco na prática assistencial. Para este propósito vamos adentrar no âmbito da organização do processo de trabalho

Lembramos que a eficácia da intervenção requer mudanças significativas na cultura organizacional, conforme salientado ao longo das unidades anteriores. O objetivo é desconstruir paradigmas e adotar novos comportamentos. Vamos lá?

Nessa perspectiva, uma das maneiras de organizar o processo de trabalho em saúde nas DCNT consiste no planejamento de intervenções dirigidas aos chamados grupos de risco.

Palavra do Profissional
Acredita-se que a atenção voltada para grupos populacionais possa gerar ações mais efetivas.

No âmbito da atenção básica, as atividades em grupos e ações de saúde são cada vez mais frequentes. Geralmente as atividades são organizadas de acordo com as demandas programáticas e as modalidades se diversificam para atender aos usuários com: hipertensão arterial, diabetes mellitus, gestantes, idosos, entre outros grupos, no intuito de complementaridade terapêutica.

Saiba Mais
Para aprofundar o conteúdo a respeito, sugerimos a leitura indicada. Disponível em: http://redalyc.uaemex.mx/pdf/408/40819411.pdf.

Pense nesses grupos, eles são familiares para você? Você já teve a oportunidade de participar de algum? Que tal descrever as ferramentas (recursos humanos, materiais e estruturais) necessárias para a organização de um grupo?

É importante ressaltar que o sucesso das diferentes intervenções em saúde depende da integração dos níveis de atenção em saúde, em que o acesso e a resolutividade são diretrizes e as linhas de cuidado ganham espaço como organizadoras do trabalho.

Ainda no que se refere à organização do trabalho, cabe destacar o comportamento dos profissionais. Como os serviços estão estruturados para o atendimento de problemas agudos, os profissionais partem dessa demanda e adotam uma prática permeada por ações que visam ao diagnóstico e aos sinais e sintomas.

Palavra do Profissional
Você consegue perceber, após as discussões e reflexões, que este comportamento deve ser modificado? Que o atendimento ao usuário com DCNT deve ser oferecido durante todo o processo de adoecimento? Acompanhe.

Ainda no que se refere à operacionalização do trabalho, destacamos também o debate sobre as políticas de desenvolvimento e organização econômica e social do país por parte do setor sanitário. Dessa forma, o foco dos debates desloca-se do desejo e decisão individual para a análise das condições que propiciem a eleição de um modo de viver mais saudável.

Compartilhando
O acesso à alimentação saudável não implica somente em escolhas individuais, mas no investimento em políticas públicas integradas que incluam ações educativas; acesso à merenda escolar saudável; incentivos à produção, à distribuição e à comercialização de alimentos saudáveis; legislação oportuna quanto aos teores de sal, açúcar e gorduras nos alimentos industrializados; informações nutricionais em produtos industrializados; conteúdo de propagandas que atingem públicos específicos, tais como as crianças, entre outros.

Pense um pouco sobre este papel das políticas em relação a outros fatores de risco, tais como sedentarismo, tabaco, uso de drogas, entre outros.

Palavra do Profissional
Esperamos que você compreenda a necessidade de integração das ações para que se alcance o controle das DCNT. Acima de tudo, que você reflita sobre o seu papel e responsabilidades nessa empreitada.