Módulo 7: Enfermagem na Atenção à Saúde da Mulher e da Criança: Parto e Nascimento
Unidade 1: O papel da enfermagem no cuidado humanizado da mulher, da criança e da família durante o trabalho de parto, parto e nascimento

Humanização da assistência obstétrica

Atendimento humanizado

O enfermeiro, neste contexto, tem um papel preponderante, devendo assistir à mulher, ao neonato e à família com competência técnico-científica e sensível. Respeitando a sua cultura, as suas necessidades e direitos, prestando um cuidado de qualidade, individualizado e integral.

Ao prestar este tipo de cuidado, o enfermeiro estará oferecendo um atendimento humanizado, reconhecendo o papel da mulher como sujeito ativo no parto e nascimento, e a família como um suporte necessário e benéfico (BRASIL, 2006a).

Este cuidado deve iniciar com os primeiros preparativos que envolvem o pré-natal, momento em que são estabelecidas as primeiras relações, baseadas em princípios éticos, preservando a privacidade e autonomia da mulher, evitando-se intervenções desnecessárias por parte da equipe de saúde. Sendo garantido à mulher e à família o compartilhamento das decisões sobre as condutas a serem adotadas, bem como a realização de procedimentos comprovadamente benéficos (BRASIL, 2001).

Pensar sobre a mulher e sua saúde é pensar uma nova sociedade em que o eixo central seja a qualidade de vida do ser humano desde o seu nascimento (BRASIL, 2001).

O trabalho de parto, parto e nascimento constituem-se como eventos que transformam a vida de todos os envolvidos neste processo. Como já vimos, o enfermeiro deve se mostrar disponível e atento, respeitando, apoiando e encorajando a mulher e a família.

Entre as ações desenvolvidas pela Enfermagem, evidenciaremos:

1. O acolhimento.
2. As medidas de conforto e alívio da dor.
3. A defesa dos direitos das mulheres.
4. O apoio à família.

Palavra de Profissional
É importante que os enfermeiros revejam sua prática e abandonem posturas arraigadas, implementando abordagem humanizada no cuidado de enfermagem. Mas, o que fazer, na prática, para implementar a abordagem humanizada?

As normas ou manuais, por si só, não dão conta de provocar as mudanças propostas. Torna-se necessário estar em sintonia com novos conhecimentos e com as evidências científicas que não consideram a gravidez como doença. A mulher é a protagonista do seu parto. Cabe ao profissional de enfermagem ter atitudes éticas, estabelecer uma relação de confiança e respeito com a mulher e sua família. É necessário reconhecer o papel da família como apoiadora e integrante deste momento.