Basicamente, temos três grandes aplicações da epidemiologia, que estudaremos agora.
a) Descrever as condições de saúde da população
Por exemplo, ao final do século XX e cerca de uma década após a implementação do SUS, o Ministério da Saúde investigou as estatísticas oficiais do Brasil e descreveu o perfil de morbi-mortalidade da população (BRASIL, 2002).
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As informações a respeito das ações e programas de saúde desenvolvidas pelo Ministério da Saúde são importantes para o planejamento de estratégias de atenção da sua comunidade.
Consulte periodicamente o portal do Ministério da Saúde clicando aqui. E você terá uma visão mais global para atender a situações locais.
b) Identificar quais são os fatores determinantes da situação de saúde
Por exemplo, no período que se seguiu à Segunda Guerra Mundial, chamou a atenção de profissionais de saúde o elevado número de pessoas com neoplasias. Nas unidades hospitalares, a quantidade de eventos oncológicos era surpreendente, chamando a atenção os inúmeros casos, particularmente, de câncer de pulmão.
O conhecimento vigente na época associava tais ocorrências a, sobretudo, armas químicas, alimentação deficiente e poluição. Mesmo com esses conhecimentos, as políticas de saúde para diminuir a ocorrência do câncer de pulmão não mostravam resultados positivos (RICHMOND, 2005). Foi então que dois pesquisadores, Richard Doll (Figura 1) e Austin Hill, ao visitarem, nos hospitais, pacientes com câncer de pulmão, perceberam que quase todos relatavam o hábito de fumar. Posteriormente, eles acompanharam os hábitos de vida de mais de 40.000 médicos britânicos e perceberam que no grupo de fumantes havia muito mais casos de câncer de pulmão que no de não fumantes (DOLL e HILL, 1999) |
Figura 1 – Richard Doll |
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Boing, d’Orsi e Reibnitz Jr.