LCE110003-21000070ES (20122) - Processo Educativo em Saúde

Trabalho muito este tema abordado com os meus alunos na emergência , pois em media a cada 10 vítimas que chega na emergência 08 são motoqueiros , faço alguns trabalhos nas escolas com a idéia de mostrar a gravidade e as seguelas causadas pelos acidentes de moto , os pacientes que chegam são muito jovens.

Jairo, o que podemos fazer? Ou o que as autoridades devem fazer? O que estar ocorrendo no Brasil inteiro é a falta de educação desses motoqueiros. Todos podem comprar uma moto (até com o bolsa família) e não existe por parte das autoridades uma fiscalizaão correta. Estes motoqueiros com pouca responsabilidades estão sofrendo acidentes a todo instante (causas externas) e são recebidos em nossas UTIs as quais ficam superlotadas com estes usuários irresponsáveis e tiram o direito dos pacientes da terceiras idade que morrem muitas vezes por a falta de uma UTI ( ocupadas por pacientes politraumatizados),. Se for feito um levantamento veremos que as mortes por problemas cardiovasculares e neurológicos estão acontecendo em maior escala. Nós temos responsabilidade, mas como podemos concorrer com o grande número de usuários que não querem ser educados. O certo primeiro é que sejam tomadas medidas drásticas e de grande impacto para  que estes usuários motoqueiros sejam educados e obrigados a terem maior responsabilidade.

Aqui no Distrito Federal os acidentes motociclísticos também é um desafio. A emergência e a Unidade de Traumatologia e Ortopedia do Hospital que trabalho estão compostas em sua maioria por clientes que sofreram esse tipo de acidente. Diante desta realidade desafiadora e da complexidade que envolve a assistência à esse cliente desde o cuidado imediato à reabilitação, uma amiga enfermeira e eu, elaboramos em 2009 o projeto de Residência em Enfermagem em Ortopedia e Traumatologia. Iniciado em 2010, o projeto é financiado pela Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde(FEPECS) onde o residente constroi seu conhecimento vivenciando a realidade no hospital do SUS. É a única residência dessa especialidade aqui no Distrito Federal. Estou muito feliz em contribuir na formação de profissionais capacitados para assistir com qualidade esses clientes que muitas vezes precisam de um longo período para retornar às suas atividades ou infelizmente adquirem sequelas que incapacitam suas vidas.

Estou a disposição para maiores informações. Um abraço a todos.

Caros colegas, aqui em SP o trânsito é caótico como já é de conhecimento de todos e portanto os acidentes de moto também tem números alarmantes, mas a fiscalização aqui tem sido intensa, cruzamos com blitz da PM parando e recolhendo as motos em situação irregular seja por documentação irregular ou falta de equipamentos obrogatórios...e o problema esta longe de ser solucionado , mas todos  nós do SAMU , condutores ou não , temos acesso ao curso de "Direção Defensiva" pelo CET , e os habilitados para moto, não só os que conduzem URAMs, que são nossas motos que driblam o trânsito e iciciam atendimento até a AM chegar, todos têm acesso ao curso de "Pilotagem Segura", acreditem é pouco mas faz MUITA DIFERENÇA. Recebemos o cronograma mensalmente e os interessados se inscrevem,  os condutores o fazem com liberação do ponto considerando-se a frequência como  em serviço.

Acredito que muitas medidas tem sido tomadas, a lei seca por exemplo, uma iniciativa correta para inibir a prática de direção e álcool.

Aqui no município de São José-SC, esta igual aos outros locais aqui comentados, com um agravante ainda temos vítimas que são menores de idade e que estavam conduzindo os veículos, a maioria das vítimas são jovens com idade inferior a 25 anos. É fundamental que sejam feitas campanhas, nas escolas, universidades, empresas enfim  campanhas em massa  pois alem das mortes prematuras temos as perdas da produtividade  destes jovens, pois muitos deles ficam incapacitados para o desempenho de atividades (TCE, Amputados) o que é um grande prejuízo ao SUS. Muito destes investimentos com  aposentadorias precoce com as  sequelas poderiam ser aplicados em campanhas e sensibilizações, mas” como digo estamos sempre apagando incêndios e não prevenindo é uma pena”.

Olá Colegas, aqui no Amapá não difere de suas cidades quanto aos acidentes de transito tendo como principal vítimas os motociclistas. O Ministério da Saude em parceria com o Min. das Cidades, dos Transportes, da Casa Civil entre outos está desenvolvendo o PROJETO VIDA NO TRANSITO, repassou recurso para todas as capitais para execução, assim sugiro que procurem em suas cidades os responsaveis que certamente vocês serão grandes parceiros.

Recentemente criamos aqui o OBSERVATORIO DO TRANSITO, que visa reunir informações  das mais diversos serviços que atendem às vítimas e aos acidentes.

No único hospital de Emergências que temos, registra  em média por mês  mais de 550 vitimas. Temos uma verdadeira epidemia.

Como motociclista há mais de 35 anos, com mais de 20 anos de experiência em prontos socorros, achei interessante este tema, embora um pouco preconceituoso algumas respostas de alguns colegas. Moro em São Paulo, onde em média, morre 3 moticlistas por dia. O acesso a esta modalidade de transporte aumentou muito nos últimos anos, graças ao aumento inegável da renda da população em geral e à insuficiência do transporte público. Infelizmente neste caso em particular, as políticas públicas não acompanharam esta evolução, como aconteceu em várias áreas, haja vista a pandemia de usuários de drogas. Realmente no caso dos motociclistas, a falta de formação necessária é fato. Nesta cidade a pressa é uma constante, com a moto consigo percorrer distâncias maiores em menor tempo, com isto ganho momentos para desfrutar com minha família, ou simplesmente para repouso. Durante meu acesso ao trabahlo convivo com algumas barbarides cometidas tanto por motociclistas, como por motoristas despreparados. E casos de traumas abarrotam os PS.

Os problemas no trânsito é realmente sério em todo nosso País, a educação é sem dúvidas um dos fatores primordiais para que esssa realidade venha a ser modificada, mas só ela não seria suficiente. Toda pessoa que assume a direção de algum veículo motorizado, independente da via de transporte, sabe que alí está assumindo um fator de risco para sí e para as outras pessoas, haja vista que a "epidemia" não é só com motocicletas, mas também com os outros veículos.

A mudança dessa realidade, não sei se estarei aqui para presenciá-la , mas acredito e tenho esperança que o homem um dia tomará consiência da importância da vida e cuidará dela com mais afinco!!!!