Apresentaremos seguir alguns aspectos demográficos a serem considerados no contexto da caracterização da população feminina. Acompanhe:
* BRASIL. Indicadores Sociodemográficos e de Saúde no Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÍstica – IBGE. Rio de Janeiro, Brasil, 2009
* VICTORA, C, AQUINO, E.M.L.; LEAL, M,C; MONTEIRO, C.A.; BARROS, F.C.; SZWARWALD, L. Saúde de mães e crianças no Brasil: progressos e desafios. The Lancet 2011; 377(9780):1863-1876. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/revista_the_lancet.pdf
Envelhecimento
A população brasileira envelheceu nos últimos 20 anos, estando o maior índice de envelhecimento entre as mulheres. Em 1980, a população feminina com 60 anos ou mais era de 6,7%. Em 1990, passou a ser de 8,2%. Nessa faixa etária, os homens eram 6,2% em 1980 e 7,2% em 1990 (BRASIL, 2009*).
* BRASIL. Indicadores Sociodemográficos e de Saúde no Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÍstica – IBGE. Rio de Janeiro, Brasil, 2009
* VICTORA, C, AQUINO, E.M.L.; LEAL, M,C; MONTEIRO, C.A.; BARROS, F.C.; SZWARWALD, L. Saúde de mães e crianças no Brasil: progressos e desafios. The Lancet 2011; 377(9780):1863-1876. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/revista_the_lancet.pdf
Há 40 anos, vem ocorrendo uma queda expressiva nas taxas de fecundidade. A queda mais importante ocorreu nas Regiões Norte e Nordeste, onde as taxas eram, em 1980,de cerca de 6 filhos por mulher e passou para 3 filhos por mulher em 1990, e menos de dois filhos em 2006 (BRASIL, 2009). No Brasil como um todo, em 1960, havia 6,3 filhos por mulher, passando em 2000 para 1,8 filhos por mulher (VICTORA et al., 2011*).
* VICTORA, C, AQUINO, E.M.L.; LEAL, M,C; MONTEIRO, C.A.; BARROS, F.C.; SZWARWALD, L. Saúde de mães e crianças no Brasil: progressos e desafios. The Lancet 2011; 377(9780):1863-1876. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/revista_the_lancet.pdf
Outro fator a ser notado é a de fecundidade entre as adolescentes de 15 a 19 anos que caiu de 18,7% para 17,8% em 2010. Existe uma tendência na queda de fecundidade entre as adolescentes que vem acompanhando o perfil geral de mulheres na população brasileira.
Essa tendência se dá pelo acesso facilitado ao uso de preservativo e métodos anticoncepcionais, além da participação da mulher no mercado de trabalho. No entanto, ainda há preocupação com as adolescentes em situação de vulnerabilidade social, quanto menor o nível social maior a tendência em engravidar.
Mortalidade Feminina
A situação de saúde da mulher brasileira, apesar da queda da fecundidade, do aumento da esperança de vida ao nascer e da sobrevida das pessoas idosas não foi acompanhada de uma melhora significativa nas condições de saúde da população. As condições da assistência à saúde têm imposto às mulheres riscos desnecessários que poderiam ser detectados e corrigidos com um sistema de saúde efetivo e de boa qualidade.
O Brasil tem duas realidades distintas: (1) relacionadas com doença infecto-contagiosa (Regiões Norte e Nordeste) – diarreia, malária, tuberculose, esquistossomose e hanseníase; (2) crônico-degenerativas (Regiões Sul e Sudeste) – câncer de mama, infarto, diabetes e cirrose hepática (BRASIL, 2004*).
* BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Agenda de compromissos para a saúde integral da criança e redução da mortalidade infantil. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
De um modo geral, mulheres com mais de 50 anos e menores de 10 anos têm um risco maior de morrer do que as demais mulheres de 10 a 49 anos. Entre as menores de 10 anos, as causas mais incidentes são: afecção de origem perinatal, doença infecciosa e parasitária, do aparelho respiratório e anomalia congênita, respectivamente. Entre 10 a 49 anos estão os agravos relacionados ao aparelho circulatório, causas externas, neoplasias, doenças endócrinas e transtornos imunitários. As complicações da gravidez, parto e puerpério aparecem em 8º. lugar. Entre 50 anos e mais: doença do aparelho circulatório, neoplasia, doença do aparelho respiratório. A partir desse panorama, vamos compreender um pouco mais sobre o contexto histórico-social de onde emergem as concepções sobre a gestação, o parto e o nascimento (BRASIL, 2004*).
* BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Agenda de compromissos para a saúde integral da criança e redução da mortalidade infantil. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
Portanto, citamos alguns indicadores importantes sobra a saúde da mulher, tais como os que se seguem:
Sistemas de Informação em Saúde da Mulher
Agora você conhecerá alguns dos sistemas de informações mais recomendados para consulta do perfil epidemiológico da mulher brasileira. Acompanhe:
* BRASIL. Ministério da Saúde. Programa de humanização no pré-natal e nascimento. Brasília: Secretaria de Políticas de Saúde; 2000.
* BRASIL. Ministério da Saúde. Datasus. SIS Pré-natal. São Paulo; 2008. Disponível em: http://www.Datasus.gov.br/sisprenatal/sisprenatal.htm.
* MOIMAZ, SAS et al. Sistema de Informação Pré-natal: análise crítica de registros em um município paulista. Revista brasileira de enfermagem, Brasília v.63, n.3, 2010. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672010000300006
Dando continuidade ao nosso estudo, veja agora como se dá o perfil epidemiológico da criança brasileira.