Nesse contexto, a assistência deve ser multiprofissional, operando através de diretrizes, como a do acolhimento e vinculação de clientela nas quais a equipe se responsabiliza pelo cuidado. Esse cuidado é exercido a partir dos diversos campos de saberes e práticas que estão relacionados aos cuidados da vigilância à saúde e aos cuidados individuais.
Atente para o fato de que nesse modelo assistencial o usuário passa a ser o elemento estruturante de todo processo de produção da saúde, rompendo com o modo tradicional de intervenção de forma fragmentada. O trabalho passa a ser integrado e não partilhado, reunindo na cadeia produtiva do cuidado um saber-fazer cada vez mais múltiplo.
Nessa proposta, as linhas de cuidado podem ser compreendidas como modelos de atenção matriciais que integram ações de promoção, vigilância, prevenção e assistência, voltadas para as especificidades de grupos ou necessidades individuais. Elas permitem não só a condução oportuna dos usuários pelas diversas modalidades de diagnóstico e terapêutica, como também, uma visão global das condições de vida.
Ou seja, é um conjunto de tecnologias ou recursos utilizados durante o processo de assistência ao usuário nos diversos níveis de atenção à saúde (promoção da saúde, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação), operando em vários serviços, funcionando de forma articulada e centrada no usuário. São eixos centrais de ações de cuidado, compostos por guias, fluxos, protocolos clínicos e de atenção, atribuição de responsabilidades sanitárias e de gestão e, também, compostos por outros instrumentos que viabilizam a continuidade do processo de atenção integral à saúde de cada linha.
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