Você consegue refletir sobre os diferentes aspectos que contemplam o processo de viver com doença crônica? Você concorda que estes aspectos influenciam o enfrentamento da doença e o contexto de vida do indivíduo? Como lidar com estas questões na sua prática profissional? Estes aspectos devem ser levados em conta na garantia da assistência de qualidade e no aumento das taxas de adesão ao tratamento?
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Palavra do Profissional |
As doenças crônicas, caracterizadas por seu longo curso e natureza permanente, exigem que o indivíduo ressignifique sua existência, adaptando-se às limitações e novas condições geradas. É necessário estabelecer uma nova relação com a vida, visto que o individuo se vê diante de mudanças nos seus hábitos e em seu estilo de viver, em que percebe inúmeras perdas, dentre elas a perda da condição saudável, de papéis e de responsabilidades (ARAÚJO et al., 1998).
Ela prescreve rituais, expressões de arte, lazer e vida diária; guia também as formas pelas quais se interpreta e percebe a saúde e a doença nas nossas escolhas para a busca do cuidado (GUALDA; BERGAMASCO, 2004). Ou seja, por meio da integração ao meio em que vive, o homem apreende, adquire conhecimentos e experiências acerca do processo saúde-doença, incorporando ações apreendidas em suas práticas de autocuidar/tratar (NOGUEIRA; MAINBOURG, 2010).
Você deve estar se perguntando onde queremos chegar quando mencionamos os aspectos culturais do processo de adoecimento. Pois bem, é este posicionamento em relação à doença ou como o individuo a percebe que irá determinar o modo de enfrentamento assumido.
De forma mais simples: o comportamento frente à doença depende do significado que ela tem para o indivíduo/família.
Em outras palavras, “o significado da doença está relacionado à forma como ela é vivenciada e percebida. Acompanhe a explicação da enfermeira Elis!