Módulo 7: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM)
Unidade 3: Aspectos culturais e psicossociais do viver com doença crônica e a inserção da família como unidade de suporte ao cuidado em DCNT

Aspectos culturais e psicossociais do viver com doença crônica
A Família como unidade de suporte ao cuidado

Aspectos culturais e psicossociais do viver com doença crônica

Você consegue refletir sobre os diferentes aspectos que contemplam o processo de viver com doença crônica? Você concorda que estes aspectos influenciam o enfrentamento da doença e o contexto de vida do indivíduo? Como lidar com estas questões na sua prática profissional? Estes aspectos devem ser levados em conta na garantia da assistência de qualidade e no aumento das taxas de adesão ao tratamento?

Palavra do Profissional
Esperamos que ao longo desta unidade algumas respostas para estas questões, caso ainda não sejam claras para você, possam ser elucidadas.

As doenças crônicas, caracterizadas por seu longo curso e natureza permanente, exigem que o indivíduo ressignifique sua existência, adaptando-se às limitações e novas condições geradas. É necessário estabelecer uma nova relação com a vida, visto que o individuo se vê diante de mudanças nos seus hábitos e em seu estilo de viver, em que percebe inúmeras perdas, dentre elas a perda da condição saudável, de papéis e de responsabilidades (ARAÚJO et al., 1998).

Ela prescreve rituais, expressões de arte, lazer e vida diária; guia também as formas pelas quais se interpreta e percebe a saúde e a doença nas nossas escolhas para a busca do cuidado (GUALDA; BERGAMASCO, 2004). Ou seja, por meio da integração ao meio em que vive, o homem apreende, adquire conhecimentos e experiências acerca do processo saúde-doença, incorporando ações apreendidas em suas práticas de autocuidar/tratar (NOGUEIRA; MAINBOURG, 2010).

Você deve estar se perguntando onde queremos chegar quando mencionamos os aspectos culturais do processo de adoecimento. Pois bem, é este posicionamento em relação à doença ou como o individuo a percebe que irá determinar o modo de enfrentamento assumido.

De forma mais simples: o comportamento frente à doença depende do significado que ela tem para o indivíduo/família.

Em outras palavras, “o significado da doença está relacionado à forma como ela é vivenciada e percebida. Acompanhe a explicação da enfermeira Elis!