Módulo 7: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM)
Unidade 3: Aspectos culturais e psicossociais do viver com doença crônica e a inserção da família como unidade de suporte ao cuidado em DCNT

Aspectos culturais e psicossociais do viver com doença crônica
A Família como unidade de suporte ao cuidado

Suporte familiar

Ayéndez (1994) entende que a família é a principal fonte de assistência e apoio à pessoa com doença crônica. Partimos da premissa de que a doença crônica é vivida de maneira coletiva, pelo grupo familiar, pois quando um membro adoece, toda sua rede de relações se altera. Sendo a família o grupo primário de inserção de um indivíduo, a tendência é que ela seja também afetada com a doença (HOFFMANN et al., 2005).

Em outras palavras, além de fazer um sentido para o usuário, a doença tem um significado para toda a família, que precisa de uma reorganização para lidar com o novo evento.

A doença crônica, ao atingir um membro da família, provoca mudanças decorrentes da preocupação com o doente, estas mudanças interferem em toda a estrutura familiar e requerem ajustes na sua dinâmica e organização. Sendo assim, não podemos desconsiderar que características como: o estágio da vida familiar, o papel desempenhado pelo doente na família, as implicações que o impacto da doença causa em cada elemento e o modo como a família se organiza para lidar com a doença interferem no modo de enfrentar esta situação (HOFFMANN et al., 2005).

Palavra do Profissional
Para clarear a diferença do impacto do adoecimento e suas implicações na família, sugerimos que você reflita sobre a repercussão do adoecimento na hierarquia familiar, por exemplo, se quem adoeceu foi o provedor ou um membro dependente. As repercussões no contexto familiar podem ser diferentes quando o acometido é o provedor ou o membro dependente. Ficou claro pra você? Tente imaginar outras situações que podem interferir na dinâmica familiar ocasionada pela doença crônica.

 

Saiba Mais
Para entender a diferença entre DM tipo 1 e 2, acesse as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2009, p.13. Clique aqui para saber mais.

Palavra do Profissional
Faça uma pequena pausa na leitura e busque na memória alguma vivência da sua prática profissional que retrate a interferência do contexto familiar nas práticas de saúde. Você consegue lembrar-se de um núcleo familiar que contribuiu para o tratamento do usuário? E de um que dificultou? Pense no quanto o contexto familiar interfere nas ações em saúde!