Fatores de risco controláveis para HAS e/ou DM
Neste estudo vamos abordar os fatores de risco controláveis para HAS e/ou DM.
Estas doenças configuram-se como importantes problemas de saúde pública no Brasil ao considerarmos suas elevadas prevalências; as complicações agudas e crônicas a que dão origem; por representarem fatores de risco associados às doenças cardiovasculares, condicionando elevadas taxas de morbidade e mortalidade; bem como custos sociais e econômicos decorrentes do uso de serviços de saúde, absenteísmo no trabalho, aposentadoria precoce e incapacidade para o trabalho (AMERICAN DIABETIC ASSOCIATION, 2011).
A abordagem em conjunto da HAS e DM neste estudo se justifica pela apresentação dos fatores comuns às duas doenças, tais como:
- Etiopatogenia;
- Fatores de risco;
- Cronicidade;
- Necessidade de controle permanente, entre outros.
No que se refere à HAS, além de ser uma doença tratável, é um marco importante, passível de ser medido clinicamente no caminho causal que leva à doença cardiovascular sintomática.
Dados nacionais representativos obtidos, como já discutidos em unidades anteriores apontam quê:
- O controle da HAS (<140/90 mm Hg) é insatisfatório (IBGE, 2010; MOREIRA; CIPULLO; MARTIN, 2009; PEREIRA; COUTINHO; FREITAS,2007).
- Os dados recentes sobre o DM mostram o aumento autorrelatado (VIACAVA, 2010).
A atual epidemia de obesidade e o maior acesso aos testes diagnósticos explicam grande parte do aumento de dados.
Nessa vertente, investir na prevenção e detecção precoce é fator decisivo, não só para garantir a qualidade de vida, mas também para evitar a hospitalização e os consequentes gastos oriundos das complicações.
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Os fatores que se associam ao aumento do risco de se contrair uma doença são chamados fatores de risco.
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O Protocolo SMS de Ribeirão Preto (2011), relaciona alguns dos fatores de risco para HAS ou DM. Você os reconhece?
Leia atentamente cada um deles, dispostos a seguir e tente relacioná-los ao perfil da população do seu serviço de saúde.
- Idade acima de 20 para HAS e acima de 40 anos para DM tipo 2;
- História familiar positiva para diabetes ou hipertensão;
- Obesidade (particularmente obesidade abdominal);
- Sedentarismo;
- Tolerância diminuída à glicose ou glicemia de jejum alterada;
- Presença de doença vascular aterosclerótica antes dos 50 anos ou de seus fatores risco (hipertensão, dislipidemia, entre outros);
- Mulheres com antecedentes de abortos frequentes, partos prematuros, mortalidade perinatal ou mães de recém-nascidos com mais de 4 kg*;
- Uso de medicamentos diabetogênicos (corticóides, anticoncepcionais, diuréticos tiazídicos, betabloqueadores, entre outros) ou hipertensores (corticóides, anticoncepcionais, anti-inflamatórios não hormonais, anti-histamínicos, antidepressivos tricíclicos, vasoconstrictores nasais, cocaína, entre outros)*;
- Síndrome dos ovários policísticos;
- Síndrome metabólica;
- Histórico de hiperglicemia ou glicosúria;
- Consumo excessivo de álcool (mais que 30 ml de etanol/dia)**;
- Consumo excessivo de sal**;
- Tabagismo;
- Indivíduos de cor não branca (fator de risco somente para hipertensão).
*mais específico para DM
** mais específico para HAS
Fonte: Protocolo SMS Ribeirão Preto, 2011.