Módulo 7: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM)
Unidade 4: Fatores de risco específicos e detecção precoce da Pressão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM)

Fatores de risco controláveis para HAS e/ou DM
Fatores de risco não controláveis
Medidas de detecção precoce para HAS e/ou DM

Fatores de risco não controláveis

Por outro lado, os fatores de risco controláveis merecem destaque neste momento da nossa discussão.

Passemos agora a pensar um pouco nos fatores de risco sedentarismo e obesidade.

O sedentarismo ou inatividade física é um dos principais fatores de risco para o aparecimento de DCNT, dentre elas a HAS e o DM. É definido como a falta ou a grande diminuição de atividade física. Para deixar de fazer parte do grupo dos sedentários, o indivíduo precisa gastar no mínimo 2.200 calorias por semana em atividades físicas (WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO), 2004).

Quando falamos em atividade física, a definição do termo é clara para você? Você consegue diferenciar este termo de exercício físico?

Cabe aqui salientarmos que os termos exercício e atividade física em geral são usados de forma semelhante, porém, embora sejam utilizados como se representassem a mesma situação, têm definições diferentes. Vejamos:

A atividade física corresponde ao movimento do corpo em atividades de rotina; enquanto exercício é uma atividade planejada, estruturada, repetida para melhorar ou manter a performance física, como, por exemplo, caminhar, correr, andar de bicicleta, nadar, entre outros vários esportes. Destacamos que, no decorrer da unidade, utilizaremos ambos os termos.

Os exercícios físicos caracterizam-se por uma situação que retira o organismo de sua homeostase. Isto implica no aumento instantâneo da demanda energética da musculatura exercitada, além da necessidade do aumento do fornecimento de oxigênio e de energia para a manutenção de órgãos vitais. Assim, para suprir a nova demanda metabólica, várias adaptações fisiológicas são necessárias, com consequentes benefícios para a saúde do indivíduo (KEMMER; BERGER, 1992; BRUM et al., 2004).

As vantagens do exercício físico aeróbio regular incluem o controle do peso, da PA e do perfil lipídico (aumento do HDL-C), melhora da sensibilidade à insulina e diminuição de fatores trombóticos. Também é fato que a atividade física influencia positivamente nas funções cognitivas, transtorno de humor e sono, trazendo sensação de bem-estar (MELLO et al., 2005). Adicionalmente, reduz o estresse psicológico e combate a depressão.

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Para conhecer os padrões de atividade física da população brasileira, segundo o inquérito telefônico Vigitel, clique aqui.

Nesta direção, no que tange à prática de exercício físico, recomenda-se que indivíduos de todas as idades devem incluir um mínimo de 30 minutos de exercício físico de intensidade moderada (como caminhada) na maioria ou em todos os dias da semana.

O aumento do exercício físico deve ser gradual, de 10 minutos 3x/semana até 30-60 minutos 3x por semana ou diariamente, afim de que os benefícios da atividade física, já discutidos nesta Unidade, possam ser sentidos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2011a).

As políticas nacionais devem garantir que atividades como caminhada, ciclismo, esportes e outras práticas de lazer sejam oferecidas ao público com acessibilidade e segurança para a promoção de atividades físicas. Sendo assim, ações dirigidas a outros setores, tais como transporte, educação, esporte e urbanismo, também podem ser encorajadoras.

Saiba Mais
Você pode citar outros exemplos da sua comunidade que estimulem a prática do exercício físico? O seu município possui políticas definidas para a prática do lazer, com investimentos em parques, praças, ginásios cobertos, quadras de esporte, ciclovias? Que tal olharmos para um exemplo prático do que estamos discutindo?

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