Protocolos clínicos, conforme já vimos, são instrumentos direcionadores da atenção, voltados para a clínica e ações preventivas, promocionais e educativas. Referem-se ao enfrentamento de determinados problemas de saúde, por meio do emprego de conhecimentos e tecnologias eficientes e eficazes, respaldados nas evidências científicas.
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Palavra do Profissional |
A falta de problematização do processo de trabalho não permite que os protocolos tenham significado para seu cotidiano. Raramente refletimos sobre eles.
Reflita...
O município que você trabalha adotou algum protocolo para o cuidado em HAS e DM? Você ou outro profissional participou da elaboração de algum protocolo ou discutiu a implantação de algum já existente, como o do Ministério da Saúde, por exemplo? Ou será que você está guiando a sua ação sem discussão e crítica?
Em relação à HAS e ao DM, existe uma linha-guia de cuidado que busca a normalização e integração do processo de organização da atenção em rede, cobrindo desde as ações de prevenção primária, secundária e terciária até aquelas referentes à atenção primária, secundária e terciária. Essa linha ordena o caminhar dos usuários na rede de atenção à saúde, estabelecendo os fluxos entre os diversos cenários de atenção na rede.
A Linha de Cuidado é mais ampla que um protocolo clínico (ESPÍRITO SANTO, 2008). No entanto, o protocolo está inserido na lógica da linha de cuidado.
As linhas de cuidado embasam o processo de estruturação do conhecimento e das ações de um campo do saber em saúde, cuja organização deve buscar a integração dos níveis de prevenção e de atenção. Nesta organização, o emprego de protocolos pode ser bastante útil, pois se o trabalho em uma unidade de saúde é sensível aos problemas citados, parece lícito afirmar que pode ser igualmente sensível à adoção de mecanismos de gestão.
Abordar aspectos de gestão é uma tarefa complexa e que demanda tempo! Embora não seja o objetivo Deste estudo aprofundar os conceitos implícitos da gestão, não é possível deixar de mencioná-los quando tratamos de fluxos assistenciais e suas pactuações.
O fluxo de atendimento dar-se-á de acordo com a linha de cuidado específica, sendo determinada a partir do estabelecimento do diagnóstico com a classificação.
Nessa direção, anterior a utilização de um protocolo, se faz necessário implementar condutas para o estabelecimento do diagnóstico.
Observe os critérios diagnósticos para a HAS e para o DM nos links a seguir:
Veja abaixo a tabela de Classificação da Pressão Arterial de acordo com a medida casual no consultório para indivíduos acima de 18 anos.
Veja abaixo as Recomendações para seguimento e prazos máximos de reavaliação.
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Saiba Mais |
Diante do exposto, ficou claro, para você enfermeiro, a importância da utilização dos protocolos para a atenção em HAS? Na sua unidade de saúde são utilizados fluxos de atendimento? Que tal listar alguns na ferramenta Destaque de conteúdo.