A publicação do livro The Principles of Bioethics, de Beauchamp e Childress, em 1979, expandiu academicamente a discussão bioética. Ou seja, a bioética principialista tornou-se conhecida em quase todos os meios científicos, o que permitiu universalizar rapidamente a bioética.
E seus princípios nada mais são do que uma versão científica dos princípios filosóficos da Revolução Francesa, princípios estes que foram codificados em 1948 na Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Nesta direção, o ideal da liberdade tornou-se o princípio da Autonomia, o princípio cristão de fraternidade se transformou nos princípios de beneficência e de não maleficência e, finalmente, o ideal de igualdade tornou-se o princípio de justiça (COHEN, 2005).
Na verdade, a bioética principialista é um dos modelos, possíveis, de análise bioética. Ela é composta por um corpo plural de princípios potencialmente conflitantes. Ou seja, não conseguimos lidar com apenas um modo de decidir claro, coerente e abrangente para se chegar a respostas, já que o conflito e a ambiguidade são vistos como aspectos inerentes da vida moral (BEAUCHAMP; CHILDRESS, 2002).
De que modo os princípios articulam-se ao pensamento moral?
O que são princípios?
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Os princípios podem nortear nossas escolhas e nossos “modos de ser”, o sujeito que queremos ser. Orientar uma análise dos problemas éticos ao encontro do que sentimos e percebemos ser nossas tendências. No entanto, eles não são decisivos para a resolução de conflitos.
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