Módulo 8: Linhas de Cuidado: Oncologia - (Câncer de Mama, Câncer do Colo do Útero e Tumores da Próstata)
Unidade 5: Autocuidado no Câncer de Mama, Câncer do Colo do Útero e Tumores da Próstata.

Autocuidado relativo à prevenção/detecção precoce
Autocuidado durante tratamento/reabilitação

Câncer do colo do útero e tumores da próstata

O câncer do colo do útero está associado à infecção persistente por subtipos oncogênicos do Papilomavírus Humano (HPV), especialmente o HPV-16 e o HPV-18, responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais. Dessa forma, a prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV. O uso de preservativos (camisinha) durante a relação sexual com penetração é uma forma de proteção (BRASIL, 2011a).

Também estão disponíveis no Brasil vacinas que protegem contra os subtipos 16 e 18 do HPV, mas o Ministério da Saúde ainda avalia a relação custo-efetividade da inclusão da vacinação no contexto das ações de controle. De qualquer forma, a adoção das vacinas não substitui o rastreamento pelo exame preventivo (Papanicolaou).

Também são considerados fatores de risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero: tabagismo, iniciação sexual precoce, multiplicidade de parceiros sexuais, multiparidade e o uso de contraceptivos orais. A idade também influencia no processo, sendo que em mulheres com menos de 30 anos a maioria das infecções regridem espontaneamente (BRASIL, 2011).

Palavra de Profissional
Como você trabalha a prevenção/detecção precoce do câncer do colo do útero na sua unidade de saúde? Quais estratégias você lança mão para sensibilizar as mulheres sobre os fatores de risco?

Após este breve estudo sobre o câncer colo de útero, passamos a estudar sobre outro cuidado: Tumores da próstata.

A equipe de saúde, em especial a enfermagem, deve procurar sensibilizar a população masculina para a adoção de hábitos saudáveis de vida (dieta rica em fibras e frutas e pobre em gordura animal, atividade física e controle do peso) como uma ação de prevenção do câncer.

O rastreamento oportunístico (case finding) também é indicado, ou seja, a sensibilização de homens com idade entre 50 e 70 anos, que procuram os serviços de saúde por motivos outros que o câncer da próstata. E sobre a possibilidade de detecção precoce deste câncer por meio da realização dos exames do toque retal e da dosagem do PSA total, informando-os sobre as limitações, os benefícios e os riscos da detecção precoce do câncer da próstata (BRASIL, 2002).

Relembre alguns conceitos importantes (BRASIL, 2002): Toque prostático (TP), Antígeno prostático específico (PSA- Antígeno prostático específico) e Ultrassom transretal. Conheça melhor os conceitos, acompanhando a animação a seguir:

Toque prostático (TP)
É sempre recomendável e também fundamental no estadiamento da doença, bem como para definição do tratamento.
Antígeno prostático específico (PSA)
São aceitos como valores limites normais até 4 ng/ml, porém podem existir tumores com PSA abaixo deste valor. Quando o PSA estiver acima de 10 ng/ml há indicação formal para biópsia. Para valores entre 4-10 ng/ml deve-se também levar em consideração a velocidade do PSA e a relação PSA livre/total.
Ultrassom transretal
Pode ser usado para orientar a biópsia da próstata. Também pode ser útil na determinação do volume prostático e para avaliar a extensão local da doença.

Palavra de Profissional
Como você trabalha a prevenção do câncer de próstata na sua unidade? Quais as estratégias utilizadas para atrair os homens ao serviço de saúde? Compartilhe com os colegas suas estratégias! Os bons exemplos merecem ser compartilhados!

Abordamos neste estudo a importância e cuidado que devemos ter com relação a prevenção e o do autocuidado relacionado ao câncer de mama, câncer do colo do útero e tumores da próstata no que se refere à prevenção e detecção precoce.