Métodos hormonais
Dentre os métodos hormonais estão as pílulas anticoncepcionais combinadas (AOCs), as pílulas anticoncepcionais de emergência (PAEs), os injetáveis e os implantes de dispositivos intra uterino (DIU).
Os anticoncepcionais combinados (AOCs) são pílulas constituídas de baixas doses de progesterona e estrógeno, basicamente impedem a liberação do óvulo pelos ovários. Quando utilizada corretamente, ocorrem 3 (três) gestações dentre 1000 mulheres (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE; JOHNS HOPKINS; AGÊNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO INTERNACIONAL DOS ESTADOS UNIDOS, 2007).
Praticamente quase todas as mulheres podem usar anticoncepcionais, com exceção de mulheres com mais de 35 anos e fumantes, hipertensas, diabéticas com dano arterial, que possuem problemas cardíacos, que sofreram acidente vascular cerebral, com câncer de mama, em amamentação exclusiva.
O uso da pílula pode ser iniciado em qualquer momento do ciclo menstrual, mas o ideal é que seja ingerida até cinco dias após o início da menstruação, caso não esteja neste período, as relações sexuais devem ser protegidas durante os primeiros sete dias de ingestão da pílula.
É importante você, como enfermeiro, orientar o uso das pílulas. Para tal, forneceremos algumas informações importantes, que são dúvidas frequentes entre as usuárias. São elas:
Em cartelas com 28 pílulas, as últimas sete são desprovidas de hormônio e a mulher deve iniciar a próxima cartela assim que termine a anterior; nas cartelas de 21 pílulas a mulher deve fazer uma pausa de 7 dias e então iniciar a cartela seguinte; quando a mulher deixar de tomar uma pílula por esquecimento ou impossibilidade, orientá-la a tomar assim que se lembrar, ela pode tomar as duas pílulas ao mesmo tempo, neste caso o risco de gravidez é mínimo.
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Saiba Mais |
Para mulheres que estão amamentando exclusivamente, uma boa opção são as pílulas e injetáveis constituídos apenas de progesterona. Acompanhe na animação a seguir quais são os tipos de pílulas e outros métodos contraceptivos.
Métodos definitivos
Entre os métodos definitivos encontramos a esterilização feminina e masculina, que de modo geral não são possíveis de serem revertidos.
A esterilização feminina consiste no bloqueio da passagem do óvulo pelas trompas de falópio por meio do corte destas. Sua eficácia é de 1 mulher grávida a cada 100 no primeiro ano após o procedimento cirúrgico (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE; JOHNS HOPKINS; AGÊNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO INTERNACIONAL DOS ESTADOS UNIDOS, 2007).
A vasectomia é a contracepção permanente masculina, é realizada por meio de uma pequena incisão no escroto cortando os dois tubos por onde o esperma é transportado até o pênis (vaso deferente), desta forma, o sêmen é ejaculado, mas não contém espermatozoides. Após a análise do sêmen 3 (três) meses após a vasectomia, a chance de gravidez é menos de uma mulher em cada 100 no primeiro ano (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE; JOHNS HOPKINS; AGÊNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO INTERNACIONAL DOS ESTADOS UNIDOS, 2007).
Qualquer pessoa pode realizar estes dois procedimentos, desde que sejam aconselhados adequadamente. Geralmente, deve-se ter maior cautela com mulheres e homens jovens, que tem poucos filhos ou nenhum, que sofreram recentemente a perda de um filho, não casados, passando por problemas conjugais, ou que tenha um parceiro que se oponha à esterilização (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE; JOHNS HOPKINS; AGÊNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO INTERNACIONAL DOS ESTADOS UNIDOS, 2007).
O Ministério da Saúde, por meio da Lei n. 9. 263, de 12 de janeiro de 1996, dispõe que a esterilização voluntária será permitida nas seguintes situações:
• Homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores que 25 anos de idade ou, pelo menos, dois filhos vivos.
• Em mulheres com risco a sua vida ou saúde ou do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito por dois médicos. Será observado o prazo mínimo de 60 (sessenta) dias entre a manifestação de vontade e o ato cirúrgico.
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Palavra de Profissional |
Tratamos neste espaço sobre o planejamento reprodutivo, o que inclui os direitos sexuais. Empoderar-se destas questões leva o indivíduo a exercer sua cidadania. Existem várias métodos de escolha para que o cidadão decida ter ou não um filho.
Você como enfermeiro tem a responsabilidade de disponibilizar as informações necessárias à população que atende, para que as escolhas realizadas pelos cidadãos sejam realmente um ato de cidadania consciente.