Os agravos nutricionais também têm sido preocupantes atualmente, cabendo ressaltar que maus hábitos alimentares têm aumentado a possibilidade de obesidade e de desnutrição, tanto a oculta quanto a evidente (FUJIMORI; REZENDE, 2009).
Chamam-se doenças carenciais aquelas em que há falta de nutrientes necessários ao bom funcionamento do organismo ou, ainda, no caso de crianças e adolescentes, adequados também para manter o processo de crescimento e desenvolvimento.
Os profissionais de enfermagem e demais profissionais de saúde precisam atuar efetivamente na promoção da alimentação infantil, como já vimos já foram apresentados, os benefícios do Aleitamento Materno e você pode relembrar que eles são fundamentais para a prevenção de agravos na criança. Muitas situações com relação à introdução precoce ou tardia da alimentação complementar podem criar vulnerabilidades para a criança.
Introdução Precoce de Alimentos
A introdução precoce de alimentos complementares aumenta o risco de diarreia e outras infecções. Em curto prazo, pode resultar em diminuição da frequência e intensidade da sucção da criança e pode levar à redução da produção de leite materno, contribuindo para o desmame parcial ou total. Assim, os alimentos introduzidos não complementam o leite materno e sim o substituem, ocasionando prejuízo na absorção de nutrientes importantes, particularmente do ferro (FUJIMORI; REZENDE, 2009).
A introdução complementar de líquidos e alimentos também pode ser uma fonte de contaminação a depender das condições de preparo e armazenamento, levando a riscos de infecções (BRASIL, 2002e). A preocupação é que a criança possa apresentar deficiências nutricionais que comprometam seu crescimento e desenvolvimento.
A introdução precoce de alimentos complementares também tem sido associada ao desenvolvimento de outras doenças, tais como a asma, a hipertensão, a obesidade e o diabetes mellitus tipo 1 (FUJIMORI; REZENDE, 2009).
Os conteúdos abordados neste estudo oferecem subsídios para o profissional de enfermagem reconhecer e refletir e orientar sobre os agravos nutricionais nos cuidados da saúde da criança.