Módulo 8: Enfermagem na Atenção à Saúde da Mulher, do Neonato e à Família no Alojamento conjunto
Unidade 2: Alterações fisiológicas e psicológicas da mulher no pós-parto

Alterações fisiológicas da mulher no pós-parto
Alterações psicológicas da mulher no pós-parto

Alterações fisiológicas da mulher no pós-parto

A equipe de enfermagem deve estar atenta às alterações físicas da puérpera, a fim de identificar as condições esperadas e as condições inadequadas para prevenir e tratar no tempo certo as intercorrências puerperais imediatas ou futuras.

As alterações fisiológicas que ocorrem no organismo materno no pós-parto são comandadas por duas funções bem distintas denominadas de crise e recuperação genital. No que se refere à primeira, predominam a involução da musculatura uterina e da mucosa vaginal; quanto à segunda, assumem papel de destaque os processos regenerativos das mucosas uterina e vaginal (SANTOS, 2011a); MONTENEGRO; REZENDE FILHO, 2010).

Veja algumas dessas tantas alterações fisiológicas na animação a seguir.

Modificações gerais do puerpério

Além dos fenômenos puerperais e modificações locais já descritas, ocorrem importantes modificações sistêmicas no organismo materno, que abordaremos a seguir:

  • Estado geral: nos primeiros dias de puerpério, dependendo do tipo de parto (fácil ou difícil, vaginal ou cesárea) e de outros fatores individuais, a mulher poderá experimentar alguns desconfortos físicos e emocionais. Poderá sentir-se extenuada pelo esforço dispendido, apresentar calafrios e sede nas primeiras horas após o parto, ter dificuldades para sentar e deambular e apresentar ainda outras alterações gerais que serão detalhadas mais adiante.
Em relação aos sinais vitais, algumas alterações específicas do período puerperal são observadas. A temperatura poderá elevar-se até 38ºC, retornando ao normal em 24 horas. Tal fenômeno é justificado pela presença de soluções de continuidade no canal do parto, através das quais micro-organismos e soluções tóxicas locais invadem a circulação sanguínea materna nas primeiras 72 horas, sem que isso seja considerado a instalação de um quadro clínico infeccioso.