A ordenha pode ser realizada com a mão ou com auxílio de bombas (manuais ou elétricas). A ordenha ou extração manual, entretanto, é a mais indicada, pois é a maneira menos traumatizante, menos dolorosa, mais econômica e eficaz para uma mãe retirar o leite do seu peito. Esta maneira também é mais conveniente, pois pode ser feita a qualquer hora e em qualquer lugar, além de reduzir os riscos de contaminação. É muito importante que todos os profissionais de enfermagem saibam realizá-la e que todas as mães aprendam logo a fazer a auto-ordenha (UNICEF/OMS, 2009; LAWRENCE, 2005).
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A ordenha ou extração manual é indicada em diferentes situações e em alguns casos ela poderá ser decisiva na manutenção da lactação. Sua indicação pode estar relacionada tanto à condição da mãe quanto a da criança. As indicações mais frequentes de ordenha ou extração manual são:
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Em primeiro lugar, é importante que a mãe se sinta tranquila, capaz, segura e confiante. Depois, é preciso orientá-la para os seguintes procedimentos, de acordo com UNICEF/OMS (2009):
O tempo para a retirada adequada do leite varia de mãe para mãe. Pode demorar de 20 a 30 minutos até mais de uma hora. A retirada do leite deverá ser feita até que a mama fique macia, sem pontos dolorosos, em condições confortáveis para a mãe.
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Autores como King (2001), Santos (2000) e Lawrence (2005) recomendam alguns cuidados para o armazenamento do leite. São eles:
O ideal é que o leite, ao ser aquecido, fique apenas morno, na mesma temperatura de quando sai do peito. É importante ressaltar também que este leite seja oferecido em xícara, colherinha ou copinho (conforme demonstra a foto a seguir), pois o bico da mamadeira pode confundir a sucção do bebê, além de facilitar a contaminação por bactérias.
Foto: Oferecendo leite materno no copinho.
Resgatar a cultura da amamentação tem se constituído num desafio universal. Esta prática, considerada um fenômeno biológico, é também determinada social, política e culturalmente. Envolve a mulher nas suas múltiplas dimensões, ou seja, física, psíquica, social e cultural. Sendo assim, é considerado um processo altamente complexo, não se restringindo ao simples oferecimento do peito à criança. Ao amamentar, a mulher poderá enfrentar dificuldades envolvendo as suas múltiplas dimensões. O enfermeiro e demais membros da equipe de saúde, devidamente capacitados para o manejo clínico da lactação, podem ajudar as mulheres a evitar e a enfrentar inúmeras dificuldades.
Especialmente nos primeiros dias após o parto (do 1o ao 15o dia aproximadamente), quando o processo da amamentação e o ritmo das mamadas se apresentam ainda instáveis, surgem algumas dificuldades que podem ser solucionadas com medidas simples. Este período requer paciência, firmeza e, acima de tudo, conhecimento da fisiologia da lactação, tanto por parte do profissional de saúde como da nutriz. Este conhecimento é uma condição essencial para que a nutriz encare o fenômeno como passageiro e persista amamentando.