Módulo 8: Linha de Cuidado Nas Urgências/Emergências Traumatológicas
Unidade 2: O Trauma

Classificações do Trauma
Atendimento inicial à vítima de trauma

Atendimento inicial à vítima de trauma

Neste momento, você irá se deparar com uma semelhança de situação de caso de um acidente com vítima. Este é um desafio na vida de qualquer profissional da saúde, em especial dos enfermeiros, que é realizar o atendimento inicial a uma ou mais vítimas de trauma em um ambiente, seja ele pré-hospitalar ou hospitalar. Acompanhe os detalhes desta situação seguindo a animação:

O caso clínico apresentado chama atenção para uma epidemia que expõe diariamente os jovens. Trata-se dos acidentes de transportes no trânsito e de o quanto a situação se agrava quando estes conduzem motocicletas. O gráfico apresenta a progressão de vítimas fatais em doze anos. Acompanhe no gráfico a seguir os dados sobre a taxa de mortalidade por ATT envolvendo motociclistas, por regiões: 1996-2008.

Gráfico: Taxa de mortalidade por ATT envolvendo motociclistas, por regiões: 1996-2008. Fonte: Miranda, 2011

Segundo Condorimay (2003), os serviços que prestam assistência às situações de emergência devem garantir aos usuários a oportunidade de ter sua assistência ampla e com garantia de segurança nos procedimentos realizados, com a versatilidade para enfrentar as necessidades de cada vítima considerando-se sua individualidade. A qualidade na assistência deve ser sustentada pela eficácia, eficiência, acolhimento e conforto; pela integralidade das ações com vistas a medidas concomitantes de prevenção, promoção e educação e; finalmente, deve ter sustentabilidade, ou seja, os serviços devem ter viabilidade técnica, social, política e econômica.

Como item importante para a compreensão desta temática, ressaltamos a importância do atendimento pré-hospitalar.

O reconhecimento da necessidade de se prestar atendimento no local do acidente ou do evento de urgência de trauma foi introduzido pelo médico Barão Dominick Jean Larrey. Tinha o objetivo de encaminhar rapidamente essas vítimas para o hospital, promovendo a assistência durante o transporte, por entender que assim elas teriam mais chances de sobreviver. A partir de então, outros profissionais aderiram à ideia e passaram a ter uma abordagem sistematizada no atendimento pré-hospitalar (APH).

Palavra do Profissional
Barão Dominick Jean Larrey: cirurgião-chefe militar de Napoleão, que criou as “ambulâncias voadoras” com equipes treinadas no atendimento médico.

Palavra do Profissional
Quando uma pessoa sofre agravo agudo à saúde, deve ser acolhida no serviço do SUS mais próximo de sua ocorrência, seja numa Unidade de Saúde da Família, Pronto Atendimento ou Pronto Socorro. Caso haja necessidade de tratamento de maior complexidade, as centrais de regulação têm a responsabilidade de identificar, dentre os recursos disponíveis no território de abrangência, aquele que possa dar melhor resposta à demanda e redirecionar o atendimento. Compete, portanto, ao Poder Público ordenar o atendimento às urgências e emergências, possibilitando acolhimento, atenção qualificada e resolutiva para pacientes com qualquer nível de gravidade. Os componentes pré-hospitalar fixo e móvel, hospitalar e pós-hospitalar, fazem parte da estrutura de atenção às urgências (BRASIL, 2011).

Na página a seguir, continuaremos tratando acerca desse assunto. Acompanhe!