A vítima é a pessoa mais importante no local do acidente, como no nosso caso do atendimento, do Felipe e da Marcela cuja a atividade de APH apresenta algumas peculiaridades comparadas ao atendimento que será realizado no hospital, sendo importante o seu conhecimento, como você pode notar a seguir. Acompanhe na animação:
Condições de atendimento UE
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Neste sentido, Condorimay (2003) assinala que no cuidado e na avaliação da vítima em situação de emergência, a coordenação do trabalho da equipe e o tempo empregado no processo são elementos essenciais. Configurando-se a emergência como porta de entrada ao sistema assistencial, gerando a mobilização e utilização de enormes recursos. Sendo essencial uma dependência funcional entre os níveis de atenção a saúde do usuário, coadjuvando os esforços a fim de alcançar êxito no atendimento.
A vítima de trauma é considerada uma portadora de lesões complexas, e assim deve ser considerada, com potencial gravidade, pois suas funções vitais podem estar comprometidas e deterioradas. O trauma provoca, frequentemente, lesões em vários órgãos, modificando o equilíbrio hemodinâmico, instabilizando a vítima, com destaque ao comprometimento dos sistemas ventilatório, circulatório e de termorregulação, que são os sistemas que garantem a condição mínima de sobrevivência da vítima (PAVELQUEIRES, 2006; CYRILLO, 2005, 2009). Portanto, o fator tempo é crítico no atendimento ao traumatizado (ATLS, 2007).
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A organização do atendimento, por meio de protocolos específicos, facilita o trabalho da equipe assistencial. Esses protocolos são também denominados algoritmos. Os métodos de atendimento à vítima de trauma, aceitos internacionalmente, estão de acordo com as Diretrizes estabelecidas pelo Colégio Americano de Cirurgiões e pelo Comitê de Trauma, que têm trabalhado com o objetivo de estabelecer padrões no atendimento ao paciente traumatizado (PHTLS, 2007).
Todo atendimento, incluindo cinemática, avaliações, lesões percebidas e tratamento instituído no APH deve ser repassado para os profissionais que admitem o cliente no hospital, devendo estes utilizar tais informações para dar continuidade ao atendimento e também registrar as informações no prontuário (FUNDAP, 2010).
Assim, para a assistência às vítimas de trauma é reconhecido mundialmente o método mnemônico “ABCDE”, o qual define as avaliações e intervenções específicas, ordenadas e priorizadas que devem ser seguidas em todos os pacientes traumatizados (ATLS, 2007).
A complexidade e a multiplicidade das lesões somadas à necessidade de iniciar rapidamente o atendimento ao traumatizado predispõem a um atendimento caótico, assim, é importante que sejam estabelecidas prioridades de avaliação e tratamento no atendimento inicial destes pacientes, baseadas nas lesões que impedem as funções vitais (UTIYAMA, 2001).