Módulo 8: Linha de Cuidado Nas Urgências/Emergências Traumatológicas
Unidade 5: Trauma pediátrico e em gestantes

Trauma pediátrico

Particularidades e consequências do trauma na criança

A hipotensão pode ser um sinal tardio, mesmo nas crianças em choque severo. O acesso venoso deve ser obtido mediante a inserção de duas cânulas intravenosas de grande calibre. Tentar primeiro o acesso nas veias periféricas e evitar as veias centrais. Dois bons sítios para a canulação periférica são a veia safena, na face interna do tornozelo, e a veia femural, na região inguinal.

O acesso intraósseo é relativamente seguro e um método muito eficaz para a administração de fluidos. Se não se dispõe de uma cânula intraóssea, pode ser utilizada uma agulha de raquianestesia. O melhor lugar para tentar o acesso intraósseo é a face anterointerna da tíbia, abaixo da tuberosidade tibial. A zona de crescimento epifisário deve ser evitada. Por quê?

As melhores regiões anatômicas para palpar pulsos periféricos no paciente pediátrico são a região inguinal e a fossa antecubital do cotovelo. Se não se consegue palpar o pulso, comece de imediato a ressuscitação.

A reposição de volume tem como objetivo a obtenção de um volume de urina entre 1 e 2 ml/kg/hora no recém-nascido e de 0.5 a 1 ml/kg/hora no adolescente. Deve-se começar com um bolus inicial de 20ml/kg de soro fisiológico. Se o efeito desejado não for obtido, pode-se repetir, e se mesmo assim não se obtiver resposta, deve-se administrar 20 ml/kg de sangue do mesmo grupo ou 10 ml/kg de concentrado de glóbulos vermelhos do grupo O negativo, se disponível.

A hipotermia é um grande problema na população pediátrica. As crianças perdem proporcionalmente mais calor pela cabeça. Todos os líquidos administrados devem ser previamente aquecidos. Devido a uma relação superfície cutânea/volume muito elevada, a hipotermia se converte num problema extremamente sério. A exposição da criança durante a avaliação é necessária para a detecção de outras lesões, mas deve ser coberta o mais cedo possível (ATLS, 2007; PHTLS, 2007).

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Confira a seguir os sinais de elevação da PIC na criança.

Escala de Coma de Glasgow

Figura 5.2: Sinais de elevação da PIC na criança. Fonte: Acervo das autoras

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