As prioridades “ABCDE” são as mesmas que na paciente não grávida. Sabe-se que durante a gravidez são produzidas uma série de alterações anatômicas e fisiológicas, que são de importância capital na avaliação da grávida politraumatizada.
O tamanho do útero aumenta gradualmente e converte-se num órgão muito mais vulnerável, tanto no traumatismo fechado como no traumatismo penetrante, especialmente porquê:
Na 12a semana de gravidez, o fundo do útero encontra-se a nível da sínfise púbica.
Na 20a semana, chega a nível do umbigo.
Na 36a, chega a nível do apêndice xifoide.
O feto está protegido nos primeiros meses de gravidez por um útero de parede espessa e grandes quantidades de líquido amniótico.
Acompanhe na animação a seguir mais detalhes sobre este tema:
Nos quadros apresentados na animação a seguir, você conhecerá a Escala de Coma de Glasgow para crianças.
A reanimação da mãe pode salvar o feto. Em algumas ocasiões em que a vida da mãe está em perigo, pode ser necessário sacrificar o feto para salvar a mãe.
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Palavra do Profissional |
Identificar as alterações anatômicas e fisiológicas na gestante vítima de trauma garante a terapêutica adequada dos binômios mãe e filho. “A reanimação da mãe é a chave do sucesso na reanimação do feto” (SOUSA et al., 2009).
O enfermeiro de emergência deve conhecer as especificidades de uma mulher gestante e, portanto, reconhecer que está tratando de duas vítimas ou mais (no caso de gestação gemelar) (SOUSA et al., 2009). O atendimento de emergência exige a aplicação dos princípios do suporte à vítima de trauma, alicerçado no protocolo do ATLS (2007), modificado pelas peculiaridades da gestante.
Neste estudo abordamos a temática das Urgências e Emergências na criança traumatizada, na perspectiva da Assistência de Enfermagem, bem como o trauma a gestante.
Continue seus estudos, sua prática depende deste esforço!