Módulo 9: O cuidado nas urgências e emergências: cirúrgicas, ginecológicas e obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e demais agravos.
Unidade 3: Os cuidados de enfermagem na parada cardiorrespiratória pediátrica

Suporte Avançado de Vida (SAV), compressões torácicas e locais de verificação do pulso
Desfibrilador Externo Automático, ventilação e vias para administração de medicação

Vias de administração de medicação

Vias de administração de medicação

As vias de administração na RCP podem ser: intravenosa (IV), intraóssea (IO) e endotraqueal (ET) (KLEINMAN et al., 2010b; KATTWINKEL et al., 2010; PEDREIRA; HARADA, 2009).

Saiba Mais
Após você ter estudado as vias de administração em PCR, o convidamos a assistir um vídeo em que é realizada uma punção intraóssea. Assista o vídeo disponível aqui.

A via endotraqueal restringe as drogas administradas, pois só se administra drogas lipossolúveis por esta via (lidocaína, epinefrina, atropina, naloxone – “LEAN”). Para a administraçao, é preciso tomar alguns cuidados, tais como (KLEINMAN et al., 2010b; KATTWINKEL et al., 2010; PEDREIRA; HARADA, 2009):

• Parar brevemente as compressões torácicas no momento em que for administrar a medicação;
• Administrar os medicamentos;
• Instilar pelo menos 5 mL de SF 0,9%;
• Realizar posteriormente 5 ventilações de pressão positiva consecutivas;
• Além disso: a dose das medicações atropina, lidocaína e naloxone devem ser dobradas ou triplicadas, enquanto que para a epinefrina, a dose deve ser aumentada em dez vezes a dose intravenosa (0,1 mg/kg ou 0,1 ml / kg de 1:1000 concentração).

A AHA estabeleceu algoritmos de atendimento à PCR, que indicam como a esta deve ser realizada de forma sistemática. Assim, há algoritmos para o ritmo não chocável (assistolia) e ritmo chocável (Fibrilação Ventricular e Fibrilação Ventricular sem Pulso). Como há também algoritmos para a bradicardia e taquicardia (KLEINMAN et al., 2010b).

Cuidados pós-parada

Após a criança ser reanimada, há a necessidade de ser relatado todo o processo da RCP e de planejar os cuidados pós-reanimação. O relato deve levar em consideração as possíveis complicações, a causa da PCR, o estado clínico da criança e, ainda, a tentativa de evitar lesões secundárias (KLEINMAN et al., 2010b).

Nosso estudo caracterizou e descreveu a necessidade do uso de dispositivos tecnológicos utilizados no SAV. Assim, oferecemos subsídios para um cuidado de enfermagem adequado e especializado no momento de uma PCR em pediatria.