Epidemiologia

Sistema de Informações em Saúde (SIS)

Créditos

páginas:

Sistema de Informações em Saúde (SIS)

Para que Servem os Sistemas de Informações em Saúde (SIS)?

O Brasil dispõe de vários Sistemas de Informações em Saúde (SIS), definidos pela Organização Mundial de Saúde como um conjunto de componentes que atuam de forma integrada, por meio de mecanismos de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessários para planejar, organizar, operar e avaliar os serviços de saúde (FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ; UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA; FUNDAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS CIENTÍFICOS E TECNOLÓGICOS, 1998). Dados registrados, sobretudo em âmbito municipal, compõem imensos sistemas informatizados que podem ser acessados para o cálculo de indicadores de saúde.

Assim, de início, avançamos lentamente e apenas às 14h chegamos ao fim do período paleolítico. Às 20h surgiu a escrita cuneiforme e às 22h a civilização grega, que nos deixou de legado excepcionais avanços nas artes, na Filosofia e nas ciências exatas. A difusão do conhecimento científico ganhou impulso às 23h33min, com a invenção da tipografia, e às 23h48min começou a Revolução Industrial. O computador surgiu no último minuto, e os microcomputadores, nos últimos segundos.

Estes, apesar de muito recentes, têm avançado extraordinariamente. Para termos uma ideia, basta pensarmos no video game que jogávamos quando crianças e nos de hoje. Ou imagine que, para abrigar a capacidade de memória de um pen drive atual, na década de 1970 eram necessários equipamentos que ocupavam o espaço de toda uma sala de aula. São poucos anos da nossa evolução na Terra, mas que abrigaram extraordinária revolução tecnológica.

É elementar que tal fenômeno repercute no setor da saúde e no seu trabalho como profissional da Estratégia Saúde da Família e NASF. O acesso à informação é hoje perfeitamente possível para você, em grande parte, devido ao avanço tecnológico. Porém, há uma segunda dimensão que é decisiva e determina o tipo e o acesso à informação: trata-se da política!

A própria origem dos dados e da estatística se refere a uma questão econômica e política. Apesar de experiências de recenseamento na Antiguidade, sobretudo na sociedade romana, foi apenas quando se configurou o Estado moderno que a necessidade de contar se consolidou. Saber de quantos cidadãos o Estado poderia dispor nas guerras e no cultivo da terra – além de quantos deles eram mulheres, crianças e homens adultos – direcionava as políticas dos governos que se consolidavam, e era determinante do poder que o Estado tinha. Assim, desde então, já percebemos que informação é poder. Outro exemplo dessa associação obtemos ao analisar os regimes autoritários que se consolidaram no mundo.

Figura 4 – Ditadura Militar Fonte: Fonseca, 2009.

No Brasil, por exemplo, durante a época da Ditadura Militar (Figura 4), o acesso à informação era tratado como assunto de guerra e era extremamente restrito. Não havia difusão de informação à sociedade, tampouco debate aberto sobre as condições de vida e saúde da população. Nesse contexto, não bastariam os mais avançados computadores.

Para finalizar, vamos a um exemplo clássico. Hoje temos muito claro que as condições socioeconômicas estão fortemente associadas ao nível de saúde das pessoas, ou seja, os mais ricos, com maior escolaridade e com melhores empregos apresentam melhores níveis de saúde, correto?

Boing, d’Orsi e Reibnitz Jr.

Tópico 1 - páginas: