Agora vamos estudar sobre o Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB).
Dezenas de milhares de Agentes Comunitários de Saúde visitam periodicamente milhões de domicílios brasileiros. Já na década de 1990, o número crescente de equipes da ESF e de famílias assistidas e acompanhadas pela estratégia gerava uma expressiva quantidade de dados que pouco eram considerados pelos serviços de saúde.
Para administrar esse volume de dados, o Ministério da Saúde desenvolveu um sistema para o gerenciamento das informações produzidas no âmbito da ESF; essa ferramenta se chama Sistema de Informação de Atenção Básica.
No SIAB, a sistematização e depuração dos dados permitem que os profissionais conheçam a realidade sociossanitária da população acompanhada pela Equipe de Saúde da Família apoiada pelos profissionais do NASF possam auxiliar no planejamento local de saúde e avaliação das medidas implementadas.
Veja quais são os instrumentos de coleta de dados do SIAB. Desejamos mostrar o grande potencial que cada ficha apresenta na produção de informações extremamente importantes.
Resumindo: você terá indicações de quem são as pessoas que você acompanha e como vivem, permitindo uma melhor compreensão do processo saúde-doença.
Essas fichas descritas acima são consolidadas nos seguintes relatórios:
consolidado anual das famílias cadastradas – Relatórios A1, A2, A3 e A4;
situação de saúde e acompanhamento das famílias – Relatórios SSA2 e SSA4;
produção e marcadores para avaliação – Relatórios PMA2 e PMA4.
No item a, os números 1, 2, 3 e 4 nos relatórios indicam os níveis de agregação correspondentes: microárea (1), área (2), segmento (3) e município (4).
Como profissional da saúde, certamente você trabalha e conhece cada uma das fichas do SIAB. Dessa maneira, não cabe, nesse momento e nesse curso, descrever os modos de preenchimento dos seus campos e blocos. Mas precisamos discutir suas potencialidades e como o SIAB é trabalhado na sua realidade.
Não há dúvidas de que o SIAB pode ser uma poderosa ferramenta na consolidação da ESF. A quem cabe transformar essa possibilidade numa realidade? Aos gestores e profissionais. Sim, você também deve melhorar os registros, cuja qualidade ainda é bastante inferior em comparação com outros SIS.
Por exemplo, quando uma microárea está descoberta em razão das férias de uma ACS, como os dados daquela região serão anotados? Ou não serão? Você também deve agir ativamente para que a sua equipe e o seu gestor empreguem os dados do SIAB nas discussões de planejamento local. Seja um agente da mudança, contagie seus colegas a realizar planejamentos baseados na realidade epidemiológica de sua comunidade.
Boing, d’Orsi e Reibnitz Jr.