Os grupos podem ser de diferentes perfis, necessidade e amplitude, como, por exemplo, associados à promoção da saúde (grupo de caminhada, ginástica, controle do tabagismo e controle alimentar), aos ciclos de vida (grupo de puericultura, mulheres e idosos), às condições de saúde (grupo de hipertensão/diabetes, medicação controlada, relaxamento e saúde mental), necessidades específicas (grupo de gestantes e planejamento familiar) etc.
Os grupos podem ser organizados por microárea, área ou abertos à comunidade, estando ao cargo dos profissionais a responsabilidade de organizá-los e conduzi-los. As reuniões podem ocorrer dentro ou fora do espaço da unidade local, tanto ao ar livre quanto em locais cedidos por parceiros da comunidade (igrejas, escolas, conselhos comunitários etc.). A participação dos profissionais do NASF no planejamento e na execução desses grupos tem sido prática frequente, mas devemos refletir sobre a concepção original de apoio matricial desses profissionais para desenvolver autonomia para a ESF responder às demandas, mesmo que sejam um pouco mais especializadas.


No âmbito da Atenção Básica, a vigilância local em saúde operacionaliza-se por meio do desenvolvimento de ações que visam alcançar prioridades, objetivos, metas e indicadores de monitoramento e avaliação do Pacto pela Vida, definidos por portaria ministerial.
A coordenação do cuidado refere-se à capacidade da Atenção Básica em manter a vinculação e a responsabilização pelo cuidado, desenvolvendo assistência básica integral e contínua e, quando necessário, acionando redes de apoio para garantia de acesso do usuário aos demais serviços do sistema que complementam as ações das equipes locais (BRASIL, 2006b). No que diz respeito ao cuidado, as pessoas já em acompanhamento constituem grupos vulneráveis e conhecidos, cujo tratamento adequado e prevenção de complicações são ações fundamentais na ESF.
Calvo, Magajewski e Andrade