Atenção Integral à Saúde da Criança

Ações da clínica e do cuidado nos principais agravos da saúde da criança

Créditos

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Medicamentos utilizados nas Infecções Respiratórias Agudas (IRAS)

Para refletir:

Maria Luíza tem 15 meses de vida e vive com sua família em uma casa de alvenaria, com três quartos, dois banheiros, sala, cozinha, área de serviço e quintal. Todos os cômodos são bem estruturados e com adequadas condições de saneamento, com acesso à água e esgoto tratados. No domicílio, vivem quatro pessoas e uma mascote, uma cadelinha chamada Vicky, que dorme no quarto das crianças. Maria Luíza, sua irmã mais velha Vitória, com quatro anos de idade e os pais das duas meninas moram na casa. Os pais trabalham em turno integral, possuem alta escolaridade e fumam; mas, embora sejam tabagistas, realizam atividade física regular. As meninas frequentam uma escola infantil da rede privada.

Maria Luíza foi levada à unidade de saúde para realizar o reforço da tríplice bacteriana (DTP). Após aplicar a vacina, a auxiliar de enfermagem pesa a menina e conversa com a mãe sobre a alimentação da criança. Ao anotar o valor de peso e estatura na Caderneta da Criança, a auxiliar percebe que a criança não se encontra com baixo peso, porém a curva de peso manteve-se praticamente inalterada desde a última avaliação com o pediatra da menina, pois a criança possui plano de saúde e é atendida em um consultório privado. A profissional decide chamar a enfermeira para discutir o caso.

As profissionais percebem que a menina apresenta palidez cutânea na palma das mãos, leito ungueal e mucosas. Além do exame físico, a enfermeira e o médico solicitam o exame de nível sérico de hemoglobina.

A mãe de Maria Luíza informa à equipe que a menina não aceita qualquer alimento e com frequência rejeita a alimentação mais consistente oferecida, preferindo sucos e frutas. Além disso, informa que a criança tem história de bronqueolites de repetição e atualmente tem diagnóstico de asma brônquica, fazendo uso de medicações antiasmáticas com regularidade.

Diante da situação, a equipe discute o caso com a família e orienta os pais acerca do grupo antitabagista que acontece na unidade. Além disso, solicitam apoio do nutricionista do NASF para conversar com os cuidadores sobre uma alimentação equilibrada na infância. O médico conversa com os pais da menina sobre a necessidade de cessar o fumo e, se não for possível parar de fumar, evitar fazê-lo próximo às crianças. Os profissionais alertam ainda acerca dos riscos do tabagismo passivo. O veterinário do NASF discute com a família sobre a convivência com animais de estimação.

Souza, Döhms e Carcereri

Tópico 3 - páginas:

Versão adaptada do Curso de Especialização Multiprofissional em Saúde da Família