Módulo 2: Política de Redes de Atenção à Saúde
Unidade 1: Redes de atenção à saúde

Redes de atenção à saúde
Estrutura Operacional da RAS

Princípios de atuação na RAS

Reflita sobre o seu processo de trabalho, analise o quanto os princípios pautados pela Política de Redes de Atenção à Saúde estão presentes em suas práticas profissionais cotidianas, discuta com seus colegas de trabalho que atitudes poderiam potencializar o desenvolvimento de tais princípios em seu processo de trabalho.

Alguns elementos que devem ser observados quando se aborda a RAS: as ferramentas de micro-gestão; os elementos constitutivos da RAS e a população e Região de Saúde. Conheça-os melhor na sequência:

Ferramentas de micro-gestão

Para construirmos um sistema de atenção à saúde em rede, é preciso ampliar o objeto de trabalho da clínica para além das doenças visando compreender os problemas de saúde, ou seja, entender as situações que ampliam o risco ou a vulnerabilidade das pessoas.

Os problemas de saúde ou condições estão encarnados em sujeitos, em pessoas, por isso, a clínica do sujeito é a principal ampliação da clínica, que possibilita o aumento do grau de autonomia dos usuários, cabendo uma decisão compartilhada do projeto terapêutico.

Palavra do Profissional
Caro aluno/a é muito importante verificar esses aspectos na gestão da clínica, porque implicam na aplicação de tecnologias de microgestão dos serviços de saúde com a finalidade de:
  • Assegurar padrões clínicos ótimos.
  • Aumentar a eficiência.
  • Diminuir os riscos para os usuários e para os profissionais.
  • Prestar serviços efetivos e melhorar a qualidade da atenção à saúde.

Como subsídio à gestão da clínica utiliza-se a análise da situação de saúde em que o objetivo é a identificação e estratificação de riscos em grupos individuais expostos a determinados fatores e condições que os colocam em situação de prioridade para a dispensação de cuidados de saúde, sejam eles preventivos, promocionais ou assistenciais.

A gestão clínica dispõe de ferramentas de microgestão (Veja detalhes dessas ferramentas no material complementar disponível no AVEA do respectivo módulo.) que permitem integrar verticalmente os pontos de atenção e conformar as RAS. Tais ferramentas partem das tecnologias-mãe, as diretrizes clínicas, para, a partir delas, desenhar as RAS e ofertar outras ferramentas, como a gestão da condição de saúde, a gestão de casos, a auditoria clínica e as listas de espera.

Elementos constitutivos da RAS

A Portaria 4279/2010 define que a operacionalização das RAS se dá pela interação dos seus três elementos constitutivos: população/região de saúde definidas, estrutura operacional e por um sistema lógico de funcionamento determinado pelo modelo de atenção à saúde. Vejamos detalhes de cada um desses elementos:

População e Região de Saúde

As regiões de saúde precisam ser entendidas como espaços territoriais complexos, organizados a partir de identidades culturais, econômicas e sociais, com redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados do território. A população sob responsabilidade de uma rede é a que ocupa a região de saúde definida pelo Plano Diretor de Regionalização e Investimentos (PDRI) garantindo o tempo/resposta necessário ao atendimento, melhor proporção de estrutura/população/território e viabilidade operacional sustentável.