O Primeiro tipo de conhecimento, popular (vulgar) ou também denominado senso comum, como no exemplo da parteira leiga: que é um conhecimento transmitido de geração a geração por meio da educação informal e baseado na imitação e experiência pessoal. O que se constitui como um saber empírico e desprovido de conhecimentos teóricos sobre as condições da placenta, do desenvolvimento do feto, das condições intrauterinas, entre tantas outras.
No caso do fogo, seu uso foi dominado e passou a fazer parte do nosso cotidiano, sem que sequer questionemos a sua existência, apenas aproveitamos os seus benéficos.
O conhecimento popular ou vulgar também denominado de senso comum se distingue do conhecimento científico pelo método e pelos Instrumentos do conhecer, através da forma de observação, experimentação e mensuração, e que estão atrelados aos fundamentos do método científico em sua forma experimental.
O objetivo principal da pesquisa científica é o de conhecer o funcionamento das coisas, para melhor controlá-las, e fazer previsões melhores a partir das novas descobertas.
Assim, podemos explicar o porquê e como estes fenômenos podem se correlacionar, numa visão mais globalizante do que simplesmente estar relacionado como um fato isolado ou próprio de uma cultura específica.
A ciência não é a única forma de acesso ao conhecimento e a verdade. Um mesmo objeto ou fenômeno pode ser matéria de observação para um cientista e para um homem comum. O que leva ao conhecimento científico ou vulgar (senso comum) são as formas de observação e de sistematização de seus achados.
Além dos conhecimentos científicos e o do senso comum, temos outros tipos importantes que vamos mostrar rapidamente na animação e que você poderá consultar posteriormente em Buzzi (1982)*
*BUZZI, Arcângelo. Introdução ao pensar. 10 ed. Petrópolis: Vozes, 1982.
Diante do exposto nos questionamos: como a pesquisa cientifica acontece?
É muito impreciso datar o inicio da ciência, pois existe vários marcos históricos que identifica formas de pensamento desenvolvidas pelo ser humano ou para indicar um fato ou pensador que produziu mudanças na gênese da ciência.
Quando falamos de ciência moderna, alguns autores reconhecem que o pensamento científico moderno nasceu com Galileu Galilei. Ele conferiu autonomia à ciência, pois passou a distingui-la da filosofia e da religião ao delimitar o seu objeto, objetivo e método (observação, experimentação e indução).
O objeto específico da ciência são as coisas da natureza; da filosofia, as questões ontológicas; e da religião, as verdades religiosas (TURATO, 2005)*
*TURATO, E .R. Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa. Petrópolis RJ.: Editora Vozes, 2003.
A importância dada a Galileu é, também, dividida com um importante artefato ou instrumento por ele utilizado – o telescópio. Esta ferramenta do fazer científico foi também o produto tecnológico desta mesma ciência e permitiu a observação dos astros. Mas o mais interessante e que tornou tão revolucionária esta invenção, bem como a teoria de Galileu que ela permitiu, foi a ruptura com um modo de conceber o ser humano e o planeta.
Depois de Galileu é questionado o dogma religioso que colocava a terra e o homem como centro do universo, sob domínio da vontade divina. O mistério pode ser desvendado e a verdade única e absoluta pode ser revelada como pura e falsa conjectura, fantasia e mito. Assim, a investigação científica surge quando os conhecimentos do senso comum, filosófico, religioso e mítico passam a ser insuficientes e impotentes para explicar os novos e crescentes problemas e as dúvidas. (KOCHE 2001)*
*KOCHE, J C. Fundamentos de metodologia científica. 19 ed. Petrópolis: Vozes, 2001.