O processo de educação em saúde configura-se algo em continua construção. No que concerne ao trabalho do enfermeiro no dia-a-dia, cabe não somente simplesmente "passar a informação", mas sim a troca de saberes entre profissionais e comunidade, de modo a proporcionar a troca de experiências e a aplicabilidade desse novo modo de educação de acordo com a realidade de cada um.
Bate Papo
Educação X experiência
É muito gratificante quando vc troca as experiências em momentos de sala de espera ou até mesmo em rodas de conversa.Os clientes ficam entusiasmados com uma pequena descoberta. "eu não sabia que quem tem diabetes não pode comer açucar"
A sala de espera se contitui como uma ferramenta fundamental no processo de educação em saúde, pois propõe lidar com questões que vão muito além do cuidado, propondo uma prática resolutiva que deve esclarecer, orientar e educar o indivíduo para a sua co-responsabilização no que se refere a qualidade de vida.
Analise,concordo com você a sala de espera é o um dos locais que permite que os profissionais desenvolva ações educativas,póis e nesse local que é feito a acolhimento dos usuários e devemos aproveitar esse momento para trocar conhecimentos entre o profissional e a comunidade.
Concordo com você que um dos momentos propicio para o desenvolvimento de ações educativas possar ser a sala de espera, e deve ser realizada em horarios que a unidade se encontra com maior núnero de pessoas no acolhimento para desnevolver ações educativas, permitindo asssim a troca de informações entre os profissionais e os usuários, tornando a sala de espera um momento agradável e educativo.
Flávia, você tem toda razão em falar que a hora do acolhimento, quando a unidade tem mais usuário é o momento propício para realizarmos educaçõ em saúde, mas para isso é necessário que além de nós enfermeiros tenhamos o apoio de todos os profissionais. Se só nós fizermos um atendimentos humanizado, será que os nossos usuários terão abertura para aceitar nossas orientações se suas outras necessidades não estão sendo atendidas?
eu não tenho esta experiência direta com eses usuários, mas entrre uma ocorrência e outra no atendimento pré-hospitalar trocamos muitos conhecimentos com a equipe de enfermagem e com os condutores, aprendo muito quando os acompanho e acredito que passo muita a minha experiência
O momento da educação em saúde tanto na sala de espera como em grupos torna se muito rico tanto para nós profissionais por que podemos fazer trocas com a clientela e consequentemente conhecê la melhor, quanto para os usuários que esclarecem suas dúvidas e tornam se mais próximos da equipe de saúde e aumentando a sua participação no processo de responsabilização pela sua própria saúde.
Compartilho com vc sua opinião, quando fazemos orientações em sala de espera abrimos um canal de comunicação muito valioso com a comunidade e também com a equipe que percebe a necessidade de estar próxima do usuário, se comunicando de forma clara e simples aumentando o vínculo com a comunidade, família e usuários.
educação x experiência: construção de conhecimentos a partir da junção da teoria e das práticas de acordo com a realidade.
As atividades realizadas na sala de espera, ocorre como uma verdadeira troca de experiências, transformando o espaço estático em dinâmico.
Estes momentos são enriquecedores, principalmente quando conseguimos fazer com que todos participem ativamente numa troca mútua entre profissionais, estudantes e ususários.
Hoje, não se pode mais pensar numa formação fragmentada que não potencializa a experiência de compartilhar o saber e a construção, pois a troca de experiências requer uma interlocução entre os diferentes saberes, de forma a criar estratégias para produzir saúde.
Todos os momentos são importantes, a sala de espera, no consultorio, nos grupos e às vezes nos corredores. Uma duvida esclarecida diminui muito com tantas duvidas. Penso que às vezes deveríamos escrever as orientações para que o paciente se lembre delas e deveríamos depois fazer um feed back para ver como ele está fazendo. Aparecem tantas alternativas diferentes, melhores e mais práticas.
Essa troca de experiências tem sido é tão discutida e valorizada, que, atualmente em alguns serviços de saúde, já é realidade. Grupos de estudos ou estudo de caso facilitam a aquisição de novos conhecimentos por meio da discussão entre profissionais, trazendo as informações científicas para a realidade do atendimento (trabalho). O atendimento multiprofissional (em equipe) com compartilhamento de informações faz com que o usuário não seja mais tão fragmentado e tratado unicamente como uma patologia. E é importante ressaltar que a autonomia do usuário não deve ser desconsiderada, uma vez que ele tem seus conhecimentos e estes também devem ser valorizados.
Todos os profissionais devem estar em um contínuo processo de ensino e aprendizagem aberto a trocar experiências, a saber ouvir e ser ouvido, a transmitir confiança ,segurança . a criar de vínculo com a comunidade para que a participação social seja efetiva no processo de promoção da sáude e que a troca de conhecimento seja ativa em seu trabalho.
A troca de experiências se processa em qualquer momento na relação profissional/usuário, seja em grupo ou individual. É uma ferramenta importante tanto para o usuário como para o profissional pois contribui não só no conhecimento do novo para ambas as partes como para criação de vínculo e confiança.
O processo de ensino-aprendizagem considera a troca de experiências como algo primordial, sendo que a linguagem também deve ser acessível. Nos serviços de saúde, a Enfermagem sempre é alocada para trabalhar a promoção das ações por meio de atividades educativas/orientações. No Local onde trabalho, e com a população indígena na qual trabalho, vivencio diariamente este processo de ensino- aprendizagem, pois ao conversar com os indígenas você aprende a cultura, a língua, os costumes, para ter o vinculo e a confiança dos usuários e ensina com muita paciência sobre o tratamento, as medicações, o modo de lidar com a doença.
O enfermeiro serve como mediador no processo de educação em saúde, já que lida diretamente e diariamente com a equipe de enfermagem. Sendo que a aprendizagem é adquirida através de novas informações, baseando-se em conhecimentos e experiências já existentes no sujeito.
No hospital onde trabalho não temos sala de espera, mas eu sempre aproveito o horário de visita, que geralmente é uma hora, para mim fazer o processo de educação em saúde, sobre higienização e orientação em geral, principalmente quando há previsão de alta, pois os familiares , sempre tem muitas dúvidas.
Barbara, não resta dúvida que nossa experiência conta muita para que possamos educar em saúde. Mas eu posso lhe esclarecer que a teoria precisa ser valorizada. E após eu iniciar esse curso e principalmente no módulo III eu me senti inesperiente e juntei a grande vontade de educar as pessoas de forma humana e com muito amor. Não discordo de você quanto a experiência mas também o saber é inerente a nossa profissão de enfermeiro.