Seria o método ideal para que pudessemos ensinar- aprender em saúde. Mas precisamos ser realistas, os nossos educandos ainda não estão preparados para assimilar este processo. Eles nos procuram para atendimento, ocasião que muitas vezes já sabem o que querem ouvir e aprender. Antes de mais nada o que se faz necessário é ensinar o usuário a aprender para que possamos interargir com eles e deixar de lado o atendimento tradicional que o pouco tempo nos obriga. Na minha opinião a mudança teria que ser radical para que se atinja os objetivos que a metodologia nos indica.
Bate Papo
METODOLOGIAS ATIVAS-PROCESSO DE ENSINAR-APRENDER EM SAÚDE
Olá, Sonia!
Alguns indivíduos são muito resistentes a mudanças e estão acostumados com ações curativa, mas a estratégia da política de saúde pública proposta é trabalharmos a prevenção por ser mais viável economicamente e mais eficaz. Acredito que podemos nos posicionar e colocar os nossos objetivos de transformação de ação, mas é necessário ter paciência, planejamento e estimular essas tranformações, pois acho que se forçar uma situação oposta ao desejo deles pode correr o risco de rompimento de vínculo.
Olá Sônia e Edina. Concordo com a Sônia que precisa de uma mudança radical mas a Edina colocou bem quando diz que os usuários são resistentes em mudanças. Creio também que devemos mostrar essas mudanças de forma dinâmica e contínua, num processo demorado pois trazem seus valores e crenças e acreditam muitas vezes em opniões de terceiros e não do profissional que está ali transmitindo seus conhecimentos. Essa mudança também creio que precisa vir de toda a equipe a começar de alguns médicos mais antigos que não reciclam seus conhecimentos e tratam do paciente como era a abordagem profissional a 20 anos quando iniciaram. Creio que esse tema foi muito gratificante para todos nós. Me fez pensar muito na maneira como é o meu atendimento e dos demais colegas aqui no município. Abraços, Carla Roberta.
Olá Carla Roberta,Sônia e Edina. Tenho acompanhado muitas abordagens desde o início do Módulo III e todas elas têm contribuído prá repensar o dia-a-dia da Equipe de Saúde no Caps. Preciso ser um agente que estimule toda a equipe a mudar as práticas do cuidar-educar-ensinar. O que fazer? Como fazer? Onde fazer? Quando fazer? Usando as metodologias associadas às práticas compatíveis com abertura ao diálogo interdisciplinar associadas à criação individual e coletiva. Farei a minha parte. Espero impressionar o restante da equipe prá que fçam o mesmo!
O CAPS onde atuo consegue colocar as práticas do cuidar-educar-ensinar, infelizemente na rede do município isso não está acontecendo.
Olá, Edina! Concordo sobre o rompimento de vínculo.Primeiro devemos pensar qual é o interesse do paciente, ele quer ser educado? como ele quer ser educado? Falar é fácil, falar difícil é bonito, mas educação em saúde é uma troca de conhecimentos. Pensar que só eu, o enfermeiro, sei a verdade e o certo é arrogância profissional.Todos temos um bagagem adquirida ao longo de nossas vidas, seria prepotência desprezar esse conhecimento. Devemos ajudar o paciente a achar o caminho para reinterpretar e transformar esse conhecimento para seu próprio benefício.
Edina, você tem razão quanto a introdução gradativa das mudanças, pois estamos tratando com usuários acostumados a serem atendidos de maneira até que mecânica. Isso eu falo porque já tive diversas experiências nesse sentido. Você já deve ter observado que existem aqueles usuários que são uma constâncias nas nossas unidades, sempre que chegamos eles estão na fila para marcar consulta. Esses muitas vezes vão a unidade somente como um costume, ou por medicação ou atenção. Precisamos trabalhar muito para fazermos a diferença, mas nada é difícil. Vamos em frente.
Oi pessoal, interesante as formas diferentes de profissionais da mesma área encararem um único problema. Sei que todos nós desejamos uma mudança radical, mas, devemos entender que exigir que o cliente simplismente venha e aprenda a nossa forma de vivenciar saúde pode ser uma forma complicada de iniciar o aprendizado.
Tenho quatro anos que atuo em uma unidade de Urgência e emergência, no SAMU e como professor de urgência e emergência aqui no Oeste da Bahia, uma região de grande variação cultural, e tenho visto que cada grupo entende saúde de uma forma diferente, portanto espera, não um atendimento diferenciado, mas sim uma abordagem diferenciada.
Acredito que estamos aqui, não para ensinar a popupalção a aprender, mas sim para aprender como transmitir o conhecimento à população. Quando quero trabalhar uma pessoa ou um grupo, começo ouvindo-os!
Boa noite, Kaue! Eu estava pensando nisso , não dá pra pegar uma regra e aplicá- la a todos como se todos fossemos iguais.Como enfermeiros temos que ir além e saber ou tentar saber o que funciona pra cada um, é difícil eu sei, mas é melhor tentarmos o difícil do que o que não funciona. Ouvir é o início da aprendizagem interativa.
Olá Sonia, concordo contigo que nossos educandos/educadores (usuários/técnicos/agentes de saúde/medicos e demais integrantes da equipe) não estão muito preparados para assimilar a educação em saúde, em especial com uma metodologia libertadora e criativa, não sei o que considera ser radical. Mas na minha opinião o primeiro passo é criarmos o vinculo, com todos os envolvidos (diretamente ou não) no processo educativo, e apartir conseguiremos trabalhar educação em saúde.Porem este é um processo muitas vezes lento.
Acho obvio que no começo a equipe ache diferente teu método de atuação, e muitas vezes até apresentam resistencia, pois muitas vezes não conhecem outras metodologias e é claro não entendem, mas acho que não devemos desistir e até em diversos momentos utilizarmos diferentes metodologias, até mesmo a convencional, mas com o tempo e paciença desenvolveremos cada vez mais eduação em saúde libertadora e criativa. É claro que na maioria das vezes as pessoas ja sabem o que querem ouvir e aprender, até porque muitas vezes não sabem que existe algo diferente, mas acredito que com muita paciência e persistencia as mudanças ocorrem, em especial aquelas que tem o intuito do aprimoramento pessoal e profissional. Mas que não é nada facil, não é, e em vários momentos até somos olhados com pre-conceito devido ao receio de mudança e desconhecimento de muitos. Beijos e força pois a educação e evoçução esta em nós, acho impossivel não viver, então porque ser radical? O que é ser radical???
Radicalismo??? Não penso ser o caminho mais prudente, afinal as grandes mudanças não ocorrem aos saltos, ocorrem qualitativamente!!!!
olá Melina, concordo contigo por que radicalismo??? Temos que ser prudentes para então provocar mudanças melhores e permanentes. Assim, questiono o que a colega entende por radical??? Eu acho que as mudanças ocorrem de diversas maneiras, mas aquelas que todos concordam e entendem o motivo e que oportunizam melhorias, são mudanças mais eficientes e eficazes, então acredito que devemos ter paciencia e persistencia para que as mudanças ocorram e no nosso caso seja construido o processo educativo libertador e criativo. As mudanças muitas vezes radicais e nao democraticas, mas impostas, na maioria da vezes nao são permanentes. Mas talvez não estamos entendendo o que é ser radical, então questiono: como a colega quer provovar uma mudança radical?? mas isto é um debate e um exercicio para refletirmos nosso cotidiano, e tentar melhorias, né? Bjos