A condição crônica precisa ser compreendida como tal, pois a relação entre o profissional e o paciente estabelecida no tratamento da condição crônica não será a mesma que a estabelecida numa condição aguda.
Já as condições crônicas requerem um tipo diferente de sistema de saúde, exigindo contato regular e extenso durante o tratamento.
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Palavra do Profissional |
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis, que compreendem majoritariamente as doenças cardiovasculares, os diabetes, os cânceres e as doenças respiratórias crônicas, demandam por assistência continuada de serviços e geram ônus progressivo na razão direta do envelhecimento dos indivíduos e da população.
Isso impacta diretamente no sistema de saúde e de seguridade social, pois as pessoas com DCNT apresentam incapacidades para o trabalho, permanecendo em benefício por muito tempo, aguardando exames, procedimentos ou acesso a um especialista para o tratamento adequado da sua condição.
Existe uma forte relação entre determinantes sociais, como educação, ocupação, renda, gênero e etnia, e os fatores de risco e prevalência das DCNT. A relação direta entre DCNT e pobreza faz com que, mesmo em países ricos, pessoas pobres estejam mais propensas a desenvolverem doenças crônicas.
Identifica-se, nesse contexto, a ocorrência de um cruel ciclo vicioso no qual a pessoa pobre tem menos acesso ao tratamento adequado, ficando mais exposta às complicações da doença, o que causa o seu afastamento do trabalho, que por sua vez, causa a diminuição de sua renda, tanto por não ter condições de trabalhar, quanto pelo aumento das despesas ocasionadas em decorrência do tratamento (OMS, 2003)*.
* ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes estruturais de ação. Brasília: Organização Mundial da Saúde; 2003.
Agora é importante que você prossiga e conheça alguns fatores que influenciam o desenvolvimento das DCNT.