Segundo Malta, Morais Neto e Silva Junior (2011), o tabaco, a alimentação inadequada, o sedentarismo e o consumo nocivo de álcool são os principais responsáveis pela epidemia de sobrepeso e obesidade, pela elevada prevalência de hipertensão arterial e pelo colesterol alto. Estes, por sua vez, são determinantes para o desenvolvimento das DCNT e, também, para os seus agravos.
MALTA, D. C.; MORAIS NETO, O. L.; SILVA JUNIOR, J. B. Apresentação do plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil, 2011 a 2022. Epidemiol. Serv. Saúde. v. 20, n. 4, p. 425-438, 2011. Disponível em: http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/ess/v20n4/v20n4a02.pdf. Acesso em: 29 jun. 2012.
Esses fatores de risco estão, muitas vezes, arraigados nos hábitos de vida das pessoas e, por vezes, é custoso entender como eles ocuparam tamanha importância para elas.
A propaganda de produtos nocivos à saúde é considerada como um ponto chave para o aumento do consumo desses tipos de produtos. Os países em desenvolvimento, principalmente, por apresentarem maior vulnerabilidade, são alvos do marketing criativo das indústrias.
As estratégias de marketing parecem tirar proveito da privação social e da falta de informação dos indivíduos para expor os seus produtos, ignorando os malefícios que eles causam à saúde. (OMS, 2003)*.
* ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes estruturais de ação. Brasília: Organização Mundial da Saúde; 2003.
Essas campanhas publicitárias induzem a comportamentos que passam a fazer parte da vida das pessoas, dessa forma, alguns desses comportamentos prejudiciais tornam-se grandes vilões como fatores de risco para uma variedade de problemas crônicos de saúde que aumentam na mesma proporção em que o consumo desses produtos aumenta.
Para você compreender esse processo, é fundamental uma reflexão sobre a representação desses fatores de risco na vida das pessoas portadoras de doença crônica e da experiência de viver com a doença.
A análise dos impactos da doença crônica no cotidiano, da adesão ao tratamento e dos limites e possibilidades da pessoa em relação à doença configura-se como um caminho para o atendimento integral e para a mudança de paradigmas.
![]() |
Palavra do Profissional |
![]() |
Saiba Mais |
Você viu aqui os conceitos de Condição Crônica, também a Cronicidade e suas Inter-Relações na Atenção a Saúde e quais os Fatores que Influenciam no desenvolvimento deste problema. Esperamos que você reflita sobre o assunto e que esse aprendizado se reflita em sua prática profissional.