Módulo 6: Politica de redes de atenção à saúde
Unidade 4:Ética em Saúde: Vulnerabilidade, Responsabilidade Profissional e Dilemas Éticos no Cuidado à Pessoa com DCNT

Vulnerabilidade: uma discussão Bioética
Dilemas Éticos

Vulnerabilidade: uma discussão Bioética

Ao conceituarmos anteriormente a Bioética de Proteção, sinalizamos que ela pretende ser, de acordo com Schramm (2005), uma proteção ao vulnerado contra situações que o coloquem em risco, propondo ações para favorecer a autonomia e a qualidade de vida.

A dimensão cuidadora e protetora da bioética é resgatada nesta proposta, no sentido de promover a competência moral de indivíduos e populações frente aos conflitos inerentes às relações humanas (SIQUEIRA-BATISTA; SCHRAMM, 2009)*.

Após conceituar a Bioética de Intervenção, enfatizamos a atuação deste campo de reflexão nos temas sociopolíticos da atualidade, como:

  • as iniquidades sociais e econômicas existentes no mundo;
  • a análise das responsabilidades sanitárias;
  • a interpretação mais precisa dos quadros epidemiológicos;
  • a determinação das formas de intervenção a serem programadas;
  • as questões ambientais;
  • a formação de pessoal sanitário; e
  • a responsabilidade dos estados frente aos cidadãos.
(GONÇALVES; RAMOS; GARRAFA, 2010)*

Logo, a vulnerabilidade tem sido muito associada às questões da bioética, exatamente pela complexidade contida nela, em particular o referencial da equidade.

Pense que normalmente a vulnerabilidade é articulada aos estresses diários causados aos pacientes, como:

Nessa concepção, o grau de vulnerabilidade muda a cada circunstância em que o indivíduo se encontre, podendo ter percepções e graus diversos entre os diferentes indivíduos e situações.

Enfrentar as dificuldades que aparecem, desde a notícia da necessidade de tratamento até a efetiva execução da terapia, durante período geralmente longo, exige que o paciente se adapte, porém muitas vezes isso não acontece (SALATI; HOSSNE; PESSINI, 2011)*.