Uma concepção marcada pela tendência dicotômica de classificar e rotular as pessoas e os grupos em “vulneráveis” e “não vulneráveis” não favorece espaço para a construção da emancipação dos usuários e sujeitos, pois oculta a dinamicidade da vulnerabilidade, que não é um estado dado, mas fruto de relações de dominação e exploração (RIBEIRO; ZOBOLI, 2007)*.
Nesta direção, ao se reconhecer os aspectos que levam à maior vulnerabilidade do indivíduo, família ou grupo, oportuniza-se vislumbrar as intervenções de enfermagem que venham a favorecer mudanças e uma assistência mais equânime e solidária, fortalecendo os sujeitos para o exercício de seus direitos, um compromisso com o cuidado que envolve três dimensões éticas: a justiça, a autonomia e a benevolência (NICHIATA et al., 2008; BELLATTO; PEREIRA, 2005; PETTENGILL; ANGELO, 2006)*.
A condição crônica de saúde é permeada por:
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