Módulo 7: Enfermagem na Atenção à Saúde da Mulher e da Criança: Parto e Nascimento
Unidade 4: Intercorrências Obstétricas e Neonatais

Cuidados de enfermagem, síndromes e roturas
Deslocamento prematuro de placenta
Intercorrências obstétricas e neonatais

Placenta prévia

Conheça um pouco mais sobre a Placenta prévia (PP):

A placenta prévia (PP) é determinada pela implantação da placenta total ou parcialmente no segmento inferior do útero e é classificada como baixa: implantação próxima ao colo do útero, mas não chega a atingi-lo; marginal: implantação que atinge o orifício interno do colo uterino, mas sem recobri-lo; completa ou centro-total: implantação que recobre totalmente o orifício interno do colo uterino (BRASIL, 2010).

Figura 4.3: Placenta prévia.
Fonte: Fotosearch.

Considerações importantes

A conduta expectante deve ser tomada no caso de gestantes sem sangramento com feto prematuro. Não é necessário que a gestante permaneça internada até o parto em casos de sangramento, mas esta deve ser orientada a não ter relações sexuais. O uso de corticoterapia (para acelerar a maturação pulmonar do feto) deve ser considerado no caso da necessidade de um parto prematuro. O uso de ferro no pré-natal também é indicado, assim como a monitorização de hematócrito e hemoglobina.

Em caso de sangramento em mulheres Rh negativo, o uso de imunoglobulina anti-D é indicado.

A via de parto depende da proximidade da inserção da placenta em relação ao orifício cervical interno. Com a borda placentária a menos de 2 cm do orifício interno a chance de parto cesárea aumenta, mas pode ser permitido parto normal com placenta prévia marginal de menor grau com borda fina e apresentação cefálica encaixada. É indiscutível a realização de parto cesárea nas PP centro-total.


Vasa prévia

O diagnóstico pré-natal é difícil; o sangramento é iniciado no momento da rotura das membranas, mas pode ser percebido na amnioscopia. A USG com doppler colorido pode ser considerada nos casos de gestantes com PP e inserção velamentosa de cordão. Geralmente o diagnóstico intraparto é difícil, pode-se considerar a detecção de hemácias fetais no sangue exteriorizado, mas na maioria das vezes não há tempo para este tipo de teste, pois é frequente o dano na frequência cardiofetal - FCF (BRASIL, 2010).

Saiba Mais
Para ter acesso ao resumo de condutas nos sangramentos da segunda metade da gestação, lendo o Manual técnico gestação de alto risco do Ministério da Saúde, página 64. Clique aqui e confira.

Saiba Mais
Para entender melhor, veja o fluxograma para manejo de RPM no Manual técnico gestação de alto risco do Ministério da Saúde, página 84. Clique aqui e confira.