Figura 4.9- Ventilação pulmonar e compressão cardíaca.
O uso de medicações na RCP é indicado quando não se consegue a reversão da parada cardiorrespiratória apenas com as manobras de ventilação com pressão positiva e compressão cardíaca. Portanto, deve ser providenciado acesso venoso calibroso imediatamente; em muitos casos, opta-se pela cateterização da veia umbilical, por ser fácil e rápida.
A inserção do cateter é realizada pelo médico pediatra que o mantém periférico, para evitar sua localização a nível hepático (ALMEIDA; GUINSBURG, 2011). A manipulação do cateter deve ser realizada de modo estéril e cuidadoso (evitar embolia gasosa).
As principais medicações indicadas na RCP em sala de parto são adrenalina e expansor de volume. O bicarbonato de sódio, o naloxone e os vasopressores não são recomendados na reanimação do recém-nascido em sala de parto (ALMEIDA; GUINSBURG, 2011).
A adrenalina está indicada quando, após a realização da ventilação e compressão cardíaca efetiva, não se obteve uma frequência cardíaca acima de 60 batimentos por minuto. A dose indicada é de 0,01 a 0,03 mg/kg, utilizada na diluição de 1:10.000. A adrenalina pode ser repetida em casos de persistência de bradicardia, sendo recomendado seu uso a cada 3 a 5 minutos, por via endovenosa; considerar o uso de expansores de volume caso o recém-nascido esteja pálido ou existam evidências de choque (ALMEIDA; GUINSBURG, 2011).
Após a administração de cada droga, o enfermeiro deve fazer a infusão de 3 a 5 ml de solução salina isotônica para que a medicação seja introduzida na corrente sanguínea e também como meio de evitar precipitação em casos de medicamentos incompatíveis.
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