Módulo 7: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM)
Unidade 6:Complicações agudas e crônicas da HAS e DM. Autocuidado incluindo automonitorização dos parâmetros clínicos e terapêuticos

Complicações agudas da HAS 1/2p. consta Urgência hipertensiva X Emergência hipertensiva (4p)
Complicações agudas do DM
Complicações crônicas do DM 1p. consta neuropatia, nefropatia e retinopatia 2p.1/2
Autocuidado incluindo a automonitorização dos parâmetros clínicos e terapêuticos no controle da HAS e DM 1p Consta ações de auto cuidado 1 1/2- Autocuidado com os pés 1p.- Automonitorização da pressão1p 1/2

Complicações crônicas do DM 1p. consta neuropatia, nefropatia e retinopatia 2p.1/2

A neuropatia consiste, geralmente, em dificuldade de transmissão de impulsos nervosos pelos nervos periféricos e os sintomas podem ser divididos e classificados em três tipos:

  • Sensitivos (dormência ou queimação das pernas, pés e mãos, dores localizadas, desequilíbrio e formigamento);
  • Autonômicos (queda dos pêlos, pressão arterial inferior aos de normalidade, distúrbios digestivos, ocorrência de pele seca, excesso de transpiração e impotência);
  • Motores (estado de fraqueza e atrofia muscular).
A neuropatia é geralmente assintomática no início, com diminuição da velocidade de condução nervosa e alterações ao exame neurológico (hiporreflexia profunda, diminuição de um ou mais tipos de sensibilidade).

Os sintomas da neuropatia mais comuns são parestesias (dormência, formigamento e queimação) em membros inferiores, que pioram à noite.

A dor pode estar presente ou manifestar-se posteriormente. A dor inicia-se de forma espontânea ou pode ser desencadeada por estímulos, como o toque ao lençol, e é mais intensa no período noturno.

Vale lembrar que com a evolução da neuropatia e consequente degeneração do nervo há desaparecimento da dor. Nesta fase, o usuário está sujeito a sofrer traumatismos na pele e nas articulações, principalmente nos pés, sem perceber, causando calos, úlceras (mal perfurante plantar) e artropatia neuropática (articulações de Charcot) (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2011).

A nefropatia diabética (ND) está associada a um importante aumento de mortalidade, principalmente relacionado à doença cardiovascular. A ND é a principal causa de insuficiência renal crônica (IRC) em usuários ingressantes em programas de diálise (BODANNA et al., 2009).

Clinicamente, a nefropatia manifesta-se pelo aumento da microalbuminúria levando à Síndrome Nefrótica e IRC, sendo o controle glicêmico e o da PA fundamentais para retardar o início e a evolução desta complicação crônica.

O diagnóstico e controle da ND são realizados utilizando-se diferentes tipos de coleta de urina, mas o rastreamento deve iniciar preferencialmente pela medida de albumina em amostra isolada de urina, devido à acurácia diagnóstica e à facilidade desse tipo de coleta (GROSS et al., 2005).

A principal característica clínica da nefropatia diabética é seu curso insidioso. Conforme a doença renal progride, é comum o agravamento da hipertensão arterial e aumento da necessidade de drogas anti-hipertensivas.

O tratamento da nefropatia diabética está fundamentado em três medidas essenciais:

  • Controle da glicemia;
  • Controle da pressão arterial;
  • Bloqueio farmacológico do sistema renina-angiotensina.
A retinopatia diabética é uma das principais complicações relacionadas ao DM e a principal causa de cegueira (ESCARIÃO et al., 2008). Após 20 anos da doença, mais de 90% das pessoas com DM tipo 1 e 60% daqueles com o tipo 2 apresentarão algum grau de retinopatia (Sociedade Brasileira de Diabetes, 2011a).

O tempo de duração do DM e o controle glicêmico são, respectivamente, os dois fatores mais importantes relacionados ao desenvolvimento e a gravidade da retinopatia diabética.

O controle glicêmico adequado torna-se fundamental para a prevenção e a diminuição das complicações relacionadas à doença.

Palavra do Profissional
Como é realizada a prevenção da retinopatia diabética na sua unidade de saúde. Como você controla e orienta a periodicidade desse exame?

Caso essa periodicidade não seja clara pra você no seguimento dos usuários, siga as recomendações abaixo.

Recomendações para o início do acompanhamento da retinopatia:

  • Diabetes tipo 1: deve iniciar o acompanhamento após a puberdade ou após cinco anos de doença;
  • Diabetes tipo 2: deve iniciar o exame do olho no estabelecimento do diagnostico do DM;
  • O intervalo entre os exames é anual, podendo ser menor, dependendo do grau de retinopatia. Nunca em intervalos maiores;
  • Pacientes com queixa de alterações

Fonte: AMERICAN DIABETES ASSOCIATION (ADA). 2011.