Ao pensarmos nas complicações da HAS e do DM advindas de um insatisfatório controle da doença, sabemos que é frequente, na sua prática profissional, você se deparar com tais complicações, correto? Pois bem, pensando nisso, abordaremos a aqui as complicações agudas e crônicas e esperamos que ao longo deste estudo você consiga refletir criticamente, trazendo elementos da sua prática, o que facilitará o entendimento do conteúdo.
Ao pensarmos nas complicações agudas da HAS, elencamos como principais a Urgência hipertensiva e a Emergência hipertensiva. Você consegue diferenciar os termos urgência e emergência?
Urgência vem do latim urgentia, que significa qualidade ou caráter de urgente. E emergência, vem também do latim, emergentia, e significa ação de emergir; situação crítica, acontecimento perigoso ou fortuito, incidente (HOLANDA, 1975).
Veja as diferenças no destaque a seguir:
Urgência trata-se de uma ocorrência ou situação perigosa, de aparecimento rápido, mas não necessariamente imprevisto e súbito, necessitando de solução em curto prazo. E emergência trata-se de uma ocorrência ou situação perigosa, de aparecimento súbito e imprevisto, necessitando de imediata solução (HOLANDA, 1975).
Resumindo, a diferença entre emergência e urgência reside nestes pontos:
É importante também diferenciar a urgência e emergência hipertensivas de pseudocrise hipertensiva, que significa a elevação acentuada da pressão arterial desencadeada por dor, desconforto, ansiedade ou abandono do tratamento.
Na pseudocrise hipertensiva, há ausência de sinais de deterioração rápida de órgãos-alvo e os pacientes apresentam elevação transitória da pressão arterial diante de algum evento emocional, doloroso ou desconfortável, como enxaqueca, tontura, cefaléias vasculares ou de origem musculoesquelética, pós-operatório imediato, manifestações da síndrome do pânico, entre outros.
Geralmente acomete usuários com hipertensão leve ou moderada não controlada ou que abandonaram o tratamento. Nestes casos, o tratamento é realizado apenas com medicamentos de uso rotineiro para aliviar os sintomas.
A abordagem das crises hipertensivas requer o emprego de medidas usuais (anamnese, exame físico, exame de fundo de olho, bioquímica, eletrocardiograma e raio X de tórax) e envolve duas fases sequenciais. A primeira consiste em excluir os pacientes com pseudocrise hipertensiva e a segunda inclui a identificação do quadro clínico como urgência ou emergência hipertensiva (PRAXEDES et al., 2001).
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