Como já vimos anteriormente, que a interdisciplinaridade agrega mais do que um conceito, vejamos como se manifesta na prática. Acompanhe na animação a seguir:
Reconhecendo a necessidade da interdisciplinaridade, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Humanização que supõe troca de saberes, (incluindo os saberes dos pacientes e familiares), diálogo entre os profissionais e modos de trabalhar em equipe.
Essa política não orienta que um conjunto de pessoas reúna-se eventualmente para “resolver” um problema, mas a produção de uma grupalidade que sustente construções coletivas, que suponha mudança pelos encontros entre seus componentes. Levar em conta as necessidades sociais, os desejos e os interesses dos diferentes atores envolvidos no campo da saúde constitui a política em ações materiais e concretas.
Tais ações políticas têm a capacidade de transformar e garantir direitos, constituir novos sentidos, colocando-se, assim, a importância e o desafio de se estar constantemente construindo e ampliando os espaços da troca, para que possamos caminhar na direção dos princípios do SUS (BRASIL, 2004a).
As premissas básicas para atuação interdisciplinar são:
• Seus membros devem ter a mesma noção de papéis, normas e valores.
• A equipe tem de funcionar de maneira uniforme e colaboradora.
• A compreensão e a definição clara dos papéis profissionais associados à determinada tarefa são indispensáveis nas instituições de saúde. Indefinições ou ambiguidades relativas ao papel profissional podem gerar conflitos na equipe, ao serem acumuladas expectativas inadequadas ou mal delimitadas entre seus membros (GIMENES; CARVALHO-MAGUI; CARVALHO, 2000).
Veja na próxima página como atua a equipe de Interdisciplinaridade na Atenção à Pessoa com Diagnóstico de Câncer.