Temos reforçado com você, enfermeiro, ao longo do curso, o processo de cuidado integral, que envolve a promoção da saúde, a redução de risco, a detecção precoce e o rastreamento das DCNT, assim como o tratamento e a reabilitação.
O cuidado destinado a pessoas com Câncer de Mama, Câncer do Colo do Útero e Tumores da Próstata requer igualmente a adoção de ações preventivas, a detecção precoce, bem como uma assistência que perpasse todos os níveis de atenção à saúde.
A preocupação em reduzir a incidência e a mortalidade por câncer no Brasil iniciou-se na década de 1930, quando já se idealizava uma ampla política sanitária de combate ao câncer, priorizando as ações preventivas.
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Ao Instituto Nacional de Câncer (INCA) é atribuída a formulação da política nacional de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer (KLIGERMAN, 2002). Nessa direção, é proposta a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC), cujo objetivo é reduzir a incidência e a mortalidade por câncer no Brasil por meio de ações contínuas que levem à conscientização da população quanto aos fatores de risco. Promovam a detecção precoce dos cânceres passíveis de rastreamento e propiciem o acesso a um tratamento equitativo e de qualidade em todo território nacional (BRASIL, 2002).
As ações devem seguir um fluxo de atendimento, uma linha de cuidado eficaz, englobando ações de rastreamento até o cuidado paliativo, integrando todos os níveis de atenção à saúde, cada qual com as suas competências definidas. Além disso, a linha de cuidado deve propiciar um fluxo ágil no atendimento, com ações de referência e contrarreferência implementadas.
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Alguns tipos de câncer apresentam maior chance de cura, sobrevida e qualidade de vida quando diagnosticados precocemente. Dessa forma, além das ações relativas à prevenção primária, fazem-se necessárias também intervenções que visem à prevenção secundária, ou seja, ações que permitam a detecção precoce.
Ao falarmos em prevenção secundária, mencionamos os diferentes níveis de prevenção existentes. Isso é claro para você? Que tal retomarmos esse conteúdo antes de continuar o texto?
Vamos conhecer quais são os quatro tipos de prevenção, de acordo com BRASIL (2010a). Acompanhe na animação a seguir:
Neste estudo, queremos enfocar a detecção precoce, que pode ser realizada por meio de duas estratégias: o diagnóstico precoce e o rastreamento.
O diagnóstico precoce consiste em detectar a doença no menor estágio de desenvolvimento (WHO, 2007).
Na área de oncologia, o diagnóstico precoce possibilita o uso de terapias mais simples e efetivas. Considerando o melhor prognóstico se descobertos no início, torna-se importante reconhecer os sinais e sintomas de alerta. Conheça quais são os sinais e sintomas de alerta, acompanhe na imagem:
Quadro - Sinais e sintomas de alerta
Fonte: BRASIL (2010).
O rastreamento é uma ação dirigida à população assintomática, ou seja, objetiva detectar indivíduos que têm a doença, mas ainda não apresentam sinais e sintomas (BRASIL, 2010a).
É importante distinguir um rastreamento organizado de um oportunístico. De forma geral, o rastreamento oportunístico ocorre quando a pessoa procura o serviço de saúde por algum outro motivo e o profissional de saúde aproveita para rastrear alguma doença. O rastreamento organizado é sistematizado e voltado para a detecção de uma determinada doença, condição ou risco, oferecido à população assintomática em geral (BRASIL, 2010a).
Visando a detecção precoce do câncer, cabe aos profissionais de saúde, e aqui destacamos o papel da enfermagem, atuarem de modo a estimular a conscientização dos sinais e sintomas precoces da doença de modo a estabelecer o diagnóstico o mais cedo possível, bem como rastrear pessoas expostas aos fatores de risco (WHO, 2007).
Nunca podemos perder de vista que a detecção precoce pode salvar vidas, reduzir a morbidade associada ao curso da doença e diminuir custos do sistema de saúde relacionados ao tratamento (BRASIL, 2010a).
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