As modalidades terapêuticas para tratamento do câncer são relatadas desde a Antiguidade. No entanto, respostas mais efetiva para o controle da doença iniciaram no século passado a partir da década de 40 (BONASSA; SANTANA, 2005; BRASIL, 2008a, 2008b).
O desenvolvimento científico e tecnológico permitiu que se deixassem de lado as cirurgias mutiladoras, o “coquetel molotov” utilizado nos tratamentos quimioterápicos, as irradiações que levavam a uma sobrevida desastrosa para chegarmos aos protocolos terapêuticos estabelecidos a partir de pesquisas científicas e ensaios clínicos. Esses protocolos objetivam a cura ou o controle da doença e a qualidade de vida da pessoa com diagnóstico de câncer (BONASSA; SANTANA, 2005; BRASIL, 2008a, 2008b).
Na atualidade, as modalidades terapêuticas mais utilizadas são a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. Mas, outras terapêuticas também são utilizadas amplamente no controle das doenças, tais como a hormonioterapia, bioterapia, iodoterapia e o transplante de medula óssea. A escolha terapêutica relaciona-se ao tipo e estádio da doença.
Para o tratamento de câncer de mama, colo de útero, de próstata e neoplasias as terapêuticas mais utilizadas são: a cirurgia, a quimioterapia, a radioterapia e a hormonioterapia.
Ao longo deste estudo detalharemos como interromper a progressão do câncer de mama, do colo de útero e da próstata a partir da terapêutica Cirurgia, Quimioterapia, Radioterapia e a Hormonioterapia.
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As células normais que compõe o organismo humano coexistem em perfeita harmonia citológica, histológica e funcional. Uma coexistência orientada para a manutenção da vida. O corpo humano possui mecanismos que regulam o crescimento celular, o contato e a permanência de uma célula ao lado de outra.
O crescimento celular envolve o aumento da massa celular, duplicação do ácido desoxirribonucleico (ADN, normalmente conhecido como DNA) e divisão física da célula em duas células filhas idêntica (mitose celular – divisão celular). Nas células normais, estímulos reguladores e inibidores controlam esse mecanismo harmônico, que pode sofrer uma ruptura e a célula passa a dividir-se desordenadamente, dando origem a um tumor maligno, o câncer (BRASIL, 2008a; LANGHORNE; FULTON; OTTO, 2007).
O câncer é uma doença crônica degenerativa, com evolução progressiva da massa tumoral, que se manifesta por desenvolvimento local (tumor primário) ou à distância (metástases). A doença inicia por uma mutação espontânea (condição intrínseca do organismo) ou provocada (fatores externos ao organismo), ou seja, o DNA da célula é alterado pela ação de múltiplos fatores que modificam a estrutura ou a função dos genes. Mas, nem toda mutação dá origem a um câncer. A vigilância imunológica, a ação de genes supressores e de genes que regulam a reparação do DNA podem controlar, corrigir ou eliminar a mutação. Além disto, a evolução progressiva da carcinogênese (progressão tumoral) pode ser interrompida ou controlada com o uso de várias terapêuticas.
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Concluindo estas considerações iniciais, partimos para o estudo das modalidades terapêuticas.Apresentando a terapêutica cirúrgica .
Terapêutica cirúrgica
A cirurgia oncológica foi o primeiro tratamento que auxiliou no controle de diversos tipos de cânceres e até os dias atuais continua sendo um dos principais métodos utilizados. Cerca de 60% das pessoas com diagnóstico de câncer necessitam da terapêutica cirúrgica para tratamento ou controle do câncer de forma exclusiva e 90% de forma associada. Em geral, a cirurgia é recomendada para tratamento dos tumores de crescimento lento, sua efetividade é maior quando utilizada como tratamento inicial da doença (BRASIL, 2008a; LANGHORNE; FULTON; OTTO, 2007).
A cirurgia tem por finalidade o diagnóstico, o estadiamento, a prevenção, a reconstrução de áreas mutiladas e o tratamento: primário, curativo, adjuvante, paliativo e combinado com outras terapêuticas (LANGHORNE; FULTON; OTTO, 2007).
Acompanhe na animação a seguir as características e princípios da cirurgia oncológica:
Agora vamos tratar sobre os tipos de cirurgias, acompanhe:
Tipos de cirurgias: câncer de mama, colo do útero e próstata.
Para tratamento do câncer de mama utiliza-se a cirurgia conservadora (quandrantectomia ou setorectomia), associada ou não à dissecção axilar, ou mastectomia associada à dissecção axilar (BUZAID; MALUF; LIMA, 2012).
Para tratamento do câncer de colo do útero utiliza-se a conização ou a traquelectomia via vaginal ou a histerectomia total ou a histerectomia radical, ou a histerectomia total, é recomendada a pesquisa de linfonodo sentinela nos casos com invasão vascular (BUZAID; MALUF; LIMA, 2012).
Para tratamento do câncer de próstata, quando houver indicação clínica, utiliza-se a prostatectomia radical, pode também ser necessária a orquiectomia (BUZAID; MALUF; LIMA, 2012).
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Concluindo este tema, partimos para o estudo dos cuidados de enfermagem relacionados com a cirurgia oncológica. Acompanhe na animação a seguir:
Cuidados de enfermagem relacionados com a cirurgia oncológica: pré e pós-operatório
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A Agência de Notícias do INCA divulgou que pessoas com tumores na cabeça e no pescoço, atendidas no INCA/SUS, estão sendo operadas por cirurgia robótica. O equipamento permite que tumores alojados em locais impossíveis de serem acessados pelas mãos de um cirurgião possam ser operados com três ou quatro incisões de menos de dois centímetros cada. Outras pessoas, com tumores urológicos, abdominais e ginecológicos serão beneficiadas por este tipo de cirurgia nos próximos meses.
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