Módulo 8: Linhas de Cuidado: Oncologia - (Câncer de Mama, Câncer do Colo do Útero e Tumores da Próstata)
Unidade 6: Modalidades Terapêuticas e Cuidados de Enfermagem Relacionados

Considerações iniciais sobre o câncer e terapêutica cirúrgica
Terapêutica quimioterápica
Terapêutica Radioterápica
Hormonioterapia

Hormonioterapia no câncer de mama e próstata

Na ocorrência de casos como os citados acima a ação dos hormônios ou dos antagonistas hormonais poderá controlar a carcinogênese ou crescimento tumoral. Para o uso dos hormônios ou dos antagonistas hormonais se faz necessária a presença de receptores hormonais, por este fato são realizados exames imuno-histoquímicos. A hormonioterapia, em geral, é uma terapêutica de longa duração (BONASSA, 2005; BRASIL, 2011b).

Palavra de Profissional
A imuno-histoquímica é a utilização de técnicas que detectam moléculas (antígenos) teciduais. Combina técnicas histológicas, imunológicas e bioquímicas objetivando identificar componentes celulares ou tissulares através da reação de anticorpos específicos.

O tratamento oncológico hormonal pode incluir a administração de hormônios - terapêutica aditiva (estrogênios, progestogênios, androgênios); a ablação hormonal por tratamento cirúrgico; o uso de agentes anti-hormonais, que inibem os efeitos dos hormônios naturais e; o uso de substâncias inibitórias da síntese dos hormônios (BONASSA, 2005; BRASIL, 2011b).

Hormonioterapia no câncer de mama e próstata

O INCA recomenda, como hormonioterápicos, para o tratamento do câncer de mama e da próstata, os seguintes medicamentos (BRASIL, 2011b):

• Para controle do câncer de mama: tamoxifeno (antiestrogênico), acetato de megestrol (progestogênico), anastrozol (inibidor da aromatase).
• Para controle do câncer de próstata: flutamida (antiandrogênico), bicalutamida (antiandrogênico não esteroidal), acetato de ciproterona (antiandrogênico, progestogênico e antigonadotrôpico), goserelina (análogo sintético do LHRH natural – hormônio luteinizante e agonista/antagonista GnRH – hormônio gonadotrófico).

Você poderá encontrar outras formas terapêuticas hormonais para o câncer de mama e de próstata no Manual de Bases Técnicas em Oncologia (BRASIL, 2011b).

Agora vamos tratar dos principais efeitos colaterais ocasionados pelo uso dos hormonioterápicos, acompanhe na animação a seguir:

Todos os procedimentos de hormonioterapia do câncer de mama indicados na terapêutica paliativa, neoadjuvante ou adjuvante exigem receptor positivo, que significa presença estabelecida de pelo menos um dos dois receptores hormonais tumorais (para estrogênios ou para progesterona), podendo estar a mulher em pré ou em pós-menopausa. Sendo o receptor hormonal tumoral desconhecido, a hormonioterapia não deverá ser autorizada para o câncer de mama. A dosagem de receptor tumoral hormonal não é exigência para a hormonioterapia do adenocarcinoma de próstata (BRASIL, 2011b).

Saiba Mais
Outras informações sobre a hormonioterapia no câncer de mama, você poderá encontrar no Controle do Câncer de mama: documento de consenso.

Clique aqui e confira.

Acompanhe na animação a seguir, os principais cuidados de enfermagem durante a terapêutica hormonal.

Apresentamos neste estudo um resumo sobre a modalidade terapêutica hormonioterapia usada tratamento de câncer de mama e próstata Esta modalidade terapêuticas assim como as outras são complexas e abrangentes. Nossa intenção foi aproximar você do tema e dos conceitos e cuidados essenciais à pessoa em tratamento do câncer de mama, colo de útero e próstata.