Módulo 9: Enfermagem na Atenção à Saúde da Mulher e da Criança: O Puerpério e o Acompanhamento do Crescimento e do Desenvolvimento Infantil.
Unidade 8: Medidas terapêuticas relacionadas ao neonato e lactente

Agravos Respiratórios
Diarreia
Violência

Agravos Respiratórios

Neste estudos as medidas terapêuticas relacionadas aos agravos prevalentes em saúde da infância terão como foco os princípios da estratégia Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI). Assim, passaremos a discorrer sobre medidas terapêuticas separadamente para cada uma das doenças prevalentes na infância. Lembre-se que a criança pode ser acometida de uma ou mais doenças e, portanto, os cuidados devem ser integrais. Em qualquer situação que leva a criança ao serviço de saúde, é importante identificar os quadros mais graves, nos quais existe risco de vida. A criança com Infecção Respiratória Aguda (IRA) pode apresentar vários e diferentes sinais e sintomas e sua identificação é prioritária, assim como a avaliação e a conduta de acordo com a idade.

Para fixarmos bem este estudo, é importante que tenhamos estas e outras informações sempre presentes, a fim de agilizarmos e prestarmos um atendimento de qualidade e seguro. Vamos revisar alguns passos da AIDPI (Brasil, 2002):

Acompanhe na animação os passos para o atendimento da criança doente:

1
1. Avaliar a criança doente de 2 meses a 5 anos de idade ou a criança de 1 semana a 2 meses de idade.
2. Classificar a doença.
3. Identificar o tratamento.
4. Tratar a criança.
5. Aconselhar a mãe ou o acompanhante.
6. Atenção à criança de 1 semana a 2 meses de idade.
7. Consulta de retorno (agendar).
2
Nessa estratégia, os itens acima têm as seguintes significações:

Avaliar a criança: Histórico de saúde da criança, exame físico completo.
Classificar a doença e identificar sua gravidade para selecionar o tratamento nos quadros de conduta.
Identificar o tratamento da criança.
Tratar significa proporcionar atendimento no serviço de saúde, incluindo a prescrição de medicamentos e outros tratamentos a serem dispensados no domicílio, bem como as recomendações às mães para realizá-los bem.
3
Aconselhar a mãe ou o acompanhante implica avaliar a forma pela qual a criança está sendo alimentada e proceder às recomendações a serem feitas à mãe sobre os alimentos e líquidos que deve dar à criança, assim como instruí-la quanto ao retorno ao serviço de saúde.

A atenção integrada às crianças doentes de 2 meses a 5 anos de idade é apresentada em três quadros intitulados:

1. Avaliar a criança doente de 2 meses a 5 anos de idade.
2. Tratar a criança.
3. Aconselhar a mãe ou o acompanhante.

Palavra de Profissional
A atenção à criança de 1 semana a 2 meses de idade é um pouco diferente daquela que é dada a crianças de mais idade e é descrita em um quadro intitulado avaliar, classificar e tratar a criança de 1 semana a 2 meses de idade.

O profissional de enfermagem deve avaliar os sinais e os sintomas e lembrar que tosse, dispneia, chiado, coriza, dor de garganta com duração média de sete dias caracteriza-se como um caso de IRA. Lembramos que os sinais mais importantes no que se refere à probabilidade da criança estar com pneumonia são a tosse e a dificuldade para respirar.

Algumas ações de enfermagem:
• Verificar a frequência respiratória em 1 minuto com a criança calma e sem choro.
• Observar a presença de tiragem, estridor, sibilância, gemência (sobretudo em menores de 2 anos), períodos de apneia, cianose, exantema, distensão abdominal, inapetência.
• Verificar a temperatura.

É importante saber o que fazer quando ocorre agravamento do quadro clínico da criança. Lembre-se de que a faixa etária mais vulnerável e que apresenta sintomatologias, muitas vezes, inespecíficas é a dos lactentes menores de 2 meses.

Muitos dos sintomas já apresentados podem ser confundidos com várias outras doenças. Dentre os sintomas inespecíficos, destacam-se a distensão abdominal, a anorexia, a febre e tiragem subcostal comum ao processo respiratório dessa faixa etária.

Palavra de Profissional
Fique atento se a respiração for rápida e maior que 60 mpm e se a tiragem subcostal for mais acentuada.

Prossiga seus estudos e, na próxima página, veja mais sobre as medidas de avaliação.