Módulo 7: Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)
Unidade 2: Cuidado em Atenção Psicossocial.

Dimensões do cuidado na Atenção Psicossocial
Processo de trabalho: núcleo e campo no trabalho interdisciplinar
O Enfermeiro nas equipes de atenção

O Enfermeiro na Atenção Básica

O enfermeiro, na Atenção Básica, tem como atribuições: planejar, gerenciar, coordenar, executar e avaliar, priorizando a assistência integral, levando em conta as reais necessidades da população. Esse crescimento vem ampliando o acesso da população, inclusive de grupos sociais até então excluídos, aos serviços de atenção básica de saúde e organizando a demanda aos demais níveis de atenção á saúde.

Do mesmo modo que na Atenção Básica, o enfermeiro da Atenção Psicossocial deve prestar um atendimento integral, englobando o indivíduo e sua família, suprindo suas necessidades primárias ao se tratar da saúde mental, em qualquer nível de atenção à saúde. Em cada lugar, existe uma realidade diferente para cada família. A equipe, ao conhecer tal realidade, aproveita sua proximidade com a população e organiza em conjunto suas estratégias de atenção e acolhimento a família (JARDIM et al, 2009).

Compartilhando
É fundamental que o enfermeiro participe das discussões sobre o processo de reforma psiquiátrica, aprenda a dialogar com discursos diversos sobre a loucura, saiba conviver com a razão e a paixão. Procure multiplicar as perguntas e sair dos limites confortáveis das verdades únicas já produzidas, que seja, sobretudo, crítico, inventivo para trabalhar com a pessoa em sofrimento mental.

Com a criação de novos espaços de trabalhos, o enfermeiro também é responsável por uma assistência inovadora e promissora em suas práticas. Partindo dessa nova realidade, o enfermeiro participa de atividades grupais; grupos de estudos; reuniões de famílias e de equipe; visitas domiciliares e excursões; e escuta, acolhe e estabelece vínculos com o cliente. As responsabilidades com o cuidado da pessoa em sofrimento mental aumentam, pois o enfermeiro tem que se permitir viver uma nova proposta que envolve convivência afetiva com o usuário/gente, aquele que precisa não só de uma prática de técnicas mecânicas, mas, acima de tudo, de técnicas inovadoras e humanizadas (ERDMANN, 1996).

A produção de nova cultura, de novas relações entre o enfermeiro e a pessoa em sofrimento mental, deixa de ser direcionada para a cura do doente e passa para a invenção de saúde, a produção de vida, de subjetividade e de afetividade e a construção de cidadania.

Vamos refletir sobre o tema? Acompanhe na animação a seguir:

Acompanhe na próxima página sobre a atuação dos técnico-auxiliares de enfermagem nas equipes de atenção.